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Não depende de CPI, diz Kielse

O deputado estadual, Cleiton Kielse (PEN) afirma que não depende de Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI), para lutar contra as empresas de pedágios. E reafirma que tem todas as informações consistentes para seguir em frente.

Segundo o deputado, no aditivo contratual ilegal do ano de 2000, foi retirado 487Km de duplicações que seriam obrigatórias na licitação original, dando um prejuízo de mais de R$ 3.000.000.000 de reais, por serem os trechos mais caros e de maior nível de obras de arte. “São os trechos que mais morrem gente no Estado. Ainda em 2002 postergaram o restante do pouco que ficou de duplicações para 2014” diz ele.

Para o deputado, a soma de fatores como o aumento das tarifas, já previsto para o mês de dezembro, o aumento da frota de veículos, recorde de mortes nas rodovias pedagiadas do mundo mais o volume de valores já recebidos e com informações das próprias concessionárias investigando dentro do balanço das empresas a extinção e retirada e paralisação das obras, que deveriam estar sendo feitas há mais de cinco anos, vão ter uma conotação técnica.

“Digo conotação técnica e não política, porque, no aspecto político, infelizmente, existe uma manipulação oficial, pela Assembleia Legislativa, para que uma CPI “séria”, onde os acompanhamentos dos Ministérios Públicos, Estadual e Federal mais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as federações de Produção Fecomércio, Fiep, Faciap, ACP, Ocepar, Faep e Fetranspar e tantos outros, que fariam parte da investigação complementar e financeira das empresas, nunca vai sair do papel” diz o deputado.

Ele ainda diz que essa falta de interesse, principalmente, do líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano, é que a mesma não venha a ter essa projeção dentro da investigação dos pedágios e menos interesse ainda em uma solução para o problema. “Não há interesse algum, da parte dele, em solucionar esse problema caótico e criminoso e que é, com toda a certeza, o maior crime lesa pátria que o Brasil já viu e que, infelizmente, neste momento, quem esta pagando o preço é a população paranaense é a economia do nosso Estado; por isso precisamos que a Justiça Federal vá para cima destes detentores dos consórcios que fazem das empresas concessionárias, as mais rentáveis do mundo” afirma ele.

Para o coordenador erag do Fórum Nacional Popular contra o Pedágio, Acir Mezzadri, o momento é de véspera de natal e cria um cheiro de “CPI de véspera de natal” sem nenhum fundamento. Acir conhece muito bem a história dos pedágios no Estado e no Brasil.

“O pedágio no Brasil se instalou e se estabeleceu politicamente, no entanto, no Paraná houve uma radicalização, sem ouvir a população em momento algum. O episódio Jaime Lerner é conhecidíssimo pela população, reduzindo em 50% nas vésperas da eleição, também conhecido o Modus Operandi do Roberto Requião na campanha para governador onde todos se lembram do “Abaixa ou acaba” e a CPI de 2003, comandada pelo, então deputado estadual, Andre Vargas , Valdir Rossoni, Ademar Traiano e Plauto Miró, tendo as lideranças principais e que, de forma escusa ou irresponsável perderam o relatório final” diz o coordenador.

Mezzadri ainda anuncia uma CPI Pública Popular. “À partir de 15 de novembro, iniciaremos uma CPI onde os mais prejudicados, ou seja, a população, vai ser ouvida. È a CPI Pública Popular, com absoluta transparência, onde consultaremos as lideranças do Fórum Nacional Popular contra o Pedágio, parlamentares e principalmente ouvindo a população como um todo”.