O Movimento Brasil Livre (MBL) informou que irá protocolar na segunda-feira (13) o pedido de cassação do mandato do vereador João Bettega (União Brasil) na Câmara Municipal de Curitiba. O pedido será assinado por ex-assessores do gabinete do parlamentar, que pediram exoneração coletiva na semana passada e acusam o vereador de omissão.
Segundo nota oficial divulgada pelo movimento ao Boca Maldita, a cassação será solicitada com base na conduta de Bettega no episódio da nomeação de José Luiz Velloso para a presidência do Instituto Municipal de Turismo, mesmo após a divulgação de que Velloso tinha uma condenação por improbidade administrativa. O MBL afirma que Bettega teria tido conhecimento prévio da situação e optou por não denunciar o caso.
A crise política ganhou força com a expulsão formal de Bettega dos quadros do MBL, na última quarta-feira (7), em decisão unânime da direção estadual do movimento no Paraná. Desde então, o vereador ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações ou sobre a possível cassação.
A entrega formal do pedido será feita na Câmara por representantes do MBL e pelos ex-servidores do gabinete. Eles também devem apresentar documentos e declarações que, segundo o grupo, comprovam a omissão do vereador e justificam a perda do mandato por quebra de decoro parlamentar.
O pedido marca uma nova etapa no impasse entre o vereador e o movimento, que até recentemente o apoiava.
O silêncio de João Bettega
João Bettega, até o momento, não se pronunciou publicamente sobre o episódio. Internamente, lideranças afirmam que ele teria conhecimento prévio da condenação de Velloso e preferiu não agir. Para um grupo que notabilizou como fiscal da moralidade, a omissão soou como uma quebra irreparável de confiança – e como oportunidade para um reposicionamento público. O MBL agora busca afastar qualquer associação com o caso e reconstruir sua imagem pública, sacrificando um de seus próprios quadros mais visíveis.
O espaço segue aberto para manifestação de João Bettega.