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Maior rede de televisão do Estado do Paraná pode estar a venda por R$ 900 milhões

Informações de que a maior rede de televisão do Estado do Paraná, a RPC, de propriedade das famílias Cunha Pereira e Lemanski, estaria à venda pelo valor de R$ 900 milhões, vem agitando o mercado financeiro na área de comunicação no Estado. A s informações são do Paraná Portal.

Um grupo de empresários do Paraná, que atua em vários setores da economia, foi consultado sobre se havia interesse na compra e, como resposta, depois de analisar balanços e patrimônio, chegou ao valor de R$ 400 milhões, o qual não teria interessado aos proprietários.

Também teria pesado na avaliação do grupo empresarial a polêmica entre o presidente Jair Bolsonaro e a Rede Globo nacional envolvendo a renovação da concessão em 2022. O próprio Bolsonaro disse que analisará com profundo cuidado essa renovação de concessão.

Negociação semelhante vem ocorrendo no Rio Grande do Sul onde a RBS foi ofertada por R$ 800 milhões. Dois grupos empresariais se juntaram e ofereceram R$ 500 milhões em função, principalmente, pelo alto valor imobiliário do grupo, ou seja, terreno onde estão as instalações técnicas (torre de transmissão).

Rio Grande e Santa Catarina

O Portal Making Of, especializado no setor de comunicações, informa que o grupo RBS – família Sirotsky – proprietário de emissoras de TV, rádios e jornais no Rio Grande do Sul, já tem sua venda praticamente definida. Valores e nomes dos compradores ainda não foram revelados.

A negociação já teria sido informada à Rede Globo, a qual as emissoras de TV do grupo são afiliadas e a quem cabe manifestar-se sobre a nova sociedade. Há um ano, as emissoras da RBS em Santa Catarina foram vendidas para uma parceria dos empresários gaúcho Lírio Parisotto e o paulista Carlos Sanchez, dono do grupo EMS – fabricante dos medicamentos.

Grupo RPC

A RPC, com sede em Curitiba, onde conta com 215 funcionários e mais oito emissoras afiliadas, localizadas em Maringá, Londrina, Paranavaí, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Pato Branco, foi fundada em 1960 pelos empresários Francisco Cunha Pereira Filho e Edmundo Lemanski. Em 2000 houve junção das TVs Paranaense, Coroados, Cataratas, Esplanada e Cultura, todas afiliadas à Rede Globo, transformando-se em RPC.

Gazeta do Povo

A crise econômica vivida hoje pelo Brasil tem causado prejuízos também às empresas de comunicação, em especial jornais e televisão. Fontes do mercado sustentam que a queda no faturamento da maioria das emissoras de televisão chega a 40%. Há, no entanto, uma expectativa de retomada agora no final do ano devido às festas natalinas.

A Gazeta do Povo, empresa do Grupo GPCOM, também vem fazendo reformulações em seus produtos. Nos últimos dias foram demitidos dez jornalistas e há informações de que a empresa vai tirar de circulação vários cadernos, como do Automóvel, Viver Bem, Esportes (vai juntar com Tribuna) e outros para redução de custos e integração dos veículos do grupo para fortalecer o jornal on-line.

Outro detalhe que deve preocupar os dirigentes do grupo é o elevado número de ações trabalhistas – mais de 230 – que pode trazer eventuais desconfortos em relação à sua gestão financeira. Há alguns anos, o grupo foi forçado a fechar o Jornal de Londrina devido à prejuízos financeiros.

A Gazeta do Povo, que deixou de circular como jornal impresso para se transformar em jornal on-line, estaria deixando de publicar seus balanços anuais, desrespeitando lei das sociedades anônimas, mesmo sendo empresa de capital fechado.

O presidente da rede de televisão, empresário Guilherme Cunha Pereira, disse ao Paraná Portal que “o grupo é sempre procurado, mas a RPC não está à venda”.