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Lula e Gleisi fracassam no Paraná

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Visita de Lula ao Paraná teve gafes, estragos políticos e denúncias no Ministério Público

O ex-presidente Lula (PT) tinha dois objetivos na sua visita ao Paraná na última semana: impulsionar a pré-candidatura de Gleisi Hoffmann (PT) – último lugar nas pesquisas – e convencer o ex-senador Osmar Dias (PDT) a sair como vice do PT na disputa do Governo do Estado. Deu-se mal nas duas.

Lula foi embora sem cumprir os objetivos da visita e provocou novos estragos na candidatura da companheira Gleisi. Ao pedir desculpas públicas a Osmar Dias por ter apoiado Roberto Requião (PMDB) em 2006, Lula provocou a ira de Requião que disparou contra Gleisi em várias postagens nas redes sociais.

Tem mais: além das gafes políticas, o Ministério Público investiga o prefeito de Peabiru, Claudinei Minchio (PT), suspeito de comprar carne de carneiro, com dinheiro da merenda escolar, para servir no almoço de Lula e Gleisi com empresários paranaenses em Curitiba. O PT nega ter servido o prato típico – carneiro ao vinho – da cidade de Peabiru.

No encontro com petistas em São José dos Pinhais, Lula se atrasou três horas e esvaziou o salão do buffet que reuniu menos de 700 pessoas, a maioria assessores de políticos ligados ao petismo. Lula cometeu a primeira gafe ao dizer que seria difícil discursar sem antecipar a campanha, já que a propaganda eleitoral é proibida pela legislação até 6 de julho.

Lula disse que já teve que pagar R$ 40 mil por pedir votos para a presidente Dilma Rousseff e brincou que se continuasse a falar teria que fazer não uma “vaquinha”, mas uma “boiada”, caso tivesse que pagar nova multa.

Guerra é guerra – E no afã de agradar Osmar Dias (PDT), presente ao encontro, Lula pediu desculpas ao pedetista por apoiar Requião na eleição de 2006. O arrependimento do petista custou caro. “Na política há coisas que faço claramente, outras que recuso abertamente, mas repilo ingratidões e canalhice comigo. Daí é guerra!” anunciou Requião na sua conta no Twitter.

A partir daí, Requião partiu para guerra focada em Gleisi e fez uma analogia da troca do atual governo, de Beto Richa (PSDB), “por Delubio, Gaievski ou Paulo Bernardo? Pense bem!”, disse o peemedebista aos seus 39 mil seguidores no Twitter.

Requião ainda registrou que no encontro petista, “entre tantas presenças ilustres, ausências notadas: Delubio, Gaievski e Pizolatto”. “Eu não pedi, mas se guerra querem vamos a ela com todos os seus horrores”. E “Maluf, Palocci e Pizolatto não confirmaram presença no encontro com Gleisi e Dilma, com mulheres empreendedoras em Foz do Iguaçu”.

Em tempo: Osmar Dias já adiantou que não pretende acompanhar a vice de Glesi e quer mesmo disputar a vaga paranaense no Senado.

Carne indigesta – Já sobre carneiro, o prefeito petista Minchio terá 10 dias para responder ao promotor André Del Grossi Assumpção qual era o destino do lote de carne flagrado em duas kombis em frente a prefeitura de Peabiru. O promotor fez várias fotografias das kombis e da carne de carneiro, devidamente temperada, instaurou inquérito cível público ao questionar os servidores municipais que afirmaram que a carne seria servida em “uma reunião governamental”.

Sobre almoço, os empresários ouviram Lula por mais de meia hora se fixando em muito em números para enaltecer os feitos do PT no governo federal. Em vez de agradar, Lula que chegou e saiu de helicóptero, deixou os empresários constrangidos e com a sensação de quem manda no país é ex-presidente e não a presidente Dilma. “A impressão que tive é que é ele que está governando o país”, disse um empresário.

MP investiga prefeito petista que comprou lote de carne de carneiro que seria servido no almoço de Lula

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