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‘La Nación’: Kirchner cancela reunião com a presidente Dilma em Foz do Iguaçu

‘La Nación’: Kirchner cancela reunião com a presidente Dilma em Foz do Iguaçu

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cancelou a reunião com a presidente brasileira Dilma Rousseff, que estava agendada para o próximo dia 30 de novembro em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. De acordo com o La Nación, Cristina decidiu encerrar sua agenda internacional antes de deixar a Casa Rosada, residência oficial da presidência do país, priorizando a política interna nos últimos dias de sua administração.

Assim como cancelou o encontro com Dilma, a presidente da Argentina também cancelou a viagem que faria para a cúpula dos presidentes do G-20, programada para começar amanhã (11), na Turquia. No encontro em Foz do Iguaçu, Cristina estaria acompanhada do vice-presidente argentino, Amado Boudou, para discutir sobre as Alterações Climáticas, que será tema de conferência em Paris, na França.

De acordo com o La Nacion, em Foz, Cristina e Dilma, também iriam comemorar o 30º aniversário da Declaração de Iguaçu, acordo bilateral celebrado entre os presidentes, na época, Raúl Alfonsín e José Sarney, em novembro de 1985. Essa reunião foi um divisor de águas nas relações da Argentina com o Brasil, e isso significava o fim da desconfiança que levou os militares a trabalhar na hipótese de conflito entre os dois governos. Além disso, a Declaração do Iguaçu abriu o caminho para a criação do Mercosul.

A viagem de Cristina Kirchner era também uma demonstração de apoio para Dilma, que neste momento passa por uma forte crise política no seu governo. Mas o cancelamento da reunião reflete a situação em que estão hoje as relações entre os dois países: a indústria de São Paulo continua elevando as queixas contra Buenos Aires por conta dos obstáculos para a importação de produtos e as diferenças persistem entre os dois países à frente das negociações para um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

Em um futuro imediato, o compromisso dos candidatos presidenciais Mauricio Macri e Daniel Scioli poderão estreitar laços com o Brasil e o Mercosul para dar força para o bloco político avançar para um acordo com a UE.