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Klabin: futuro para Ortigueira e região

Nova fábrica da Klabin traz futuro para Ortigueira e região

Ortigueira tem pouco mais de 23 mil moradores e a maioria reside no campo. A base de sua economia é agrícola e município ainda tem o pior IDH (índice de desenvolvimento humano) do Paraná. Este é o pano de fundo onde será instalada a nova fábrica da Klabin, a maior produtora de papéis e embalagens do Brasil. Já em construção, o lançamento da pedra fundamental da fábrica será nesta quarta-feira, 19, com a presença do governador Beto Richa (PSDB) e do presidente da Klabin, Fábio Schvartsman.

A fábrica representa “esperança de futuro” para Ortigueira e à parte deprimida da região dos Campos Gerais. Além de criar 8,5 mil empregos na fase de instalação e outros 1,4 mil depois de entrar em operação, o empreendimento significa R$ 300 milhões de impostos ao ano, um dinheiro muito bem vindo para Ortigueira e outras 11 cidades da região, fornecedoras de matéria prima.

A escolha por Ortigueira, assim como a repartição dos impostos gerados, foram determinações do Governo do Paraná durante as negociações com a empresa. A medida prevê o resgate econômico e social de uma das regiões mais pobres do estado. “Eu disse a eles na época que o governo daria todo o apoio necessário para a instalação da fábrica, desde que eles optassem por esta região e nos ajudassem a garantir o resgate econômico e social deste pedaço do Paraná. É isto o que este empreendimento significa: mais riqueza para os municípios e a certeza de mais oportunidade para sua gente”, afirma o governador Beto Richa.

Como a unidade ficará sediada em Ortigueira, o município terá direito a 50% dos tributos. Os 50% restantes serão partilhados entre as cidades vizinhas de Cândido de Abreu, Congonhinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.

MAIOR INVESTIMENTO – O investimento total no Projeto Puma é de R$ 7,2 bilhões – o maior investimento privado da história do Paraná. Desse montante, R$ 5,8 bilhões serão investidos na área industrial e outros R$ 500 milhões são referentes ao capital de giro. Nessa conta entram ainda ativos florestais e melhorias em infraestrutura.

O governo enquadrou o empreendimento no programa Paraná Competitivo, garantindo à Klabin a economia de recursos por meio de incentivos fiscais. Em contrapartida, a empresa aplica em melhoria da infraestrutura da região parte dos impostos que deveria recolher aos cofres do Estado

Quando assinou o convênio com o governo, o presidente da Klabin, Fabio Schvartsman, afirmou que era um investimento ousado para a empresa, pelo valor que representava, e o grupo só o fez pela segurança econômica do Paraná e outros quatro fatores. “O econômico, pois será uma das plantas mais competitivas do mundo; o social, já que trará desenvolvimento; o ambiental, pela preocupação com o meio ambiente; e, principalmente, pelo apoio de um governo que quer ver o desenvolvimento do seu Estado”.

A consolidação do projeto teve um peso positivo ainda maior na semana passada, quando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou o financiamento de R$ 3,37 bilhões para a construção da unidade.

FÁBRICA – A Klabin estima que a fábrica entre em funcionamento até 2016. A unidade terá capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano – 1,1 milhão de toneladas de fibra curta e 400 mil toneladas de fibra longa. Com isto, a multinacional dobra a sua capacidade de produção, que atualmente é de 1,7 milhão de toneladas de celulose.

A nova fábrica está sendo construída em uma área na comunidade rural de Campina dos Pupos, a 15 quilômetros da parte urbana de Ortigueira. O terreno é de cerca de 830 hectares – o equivalente a 830 campos de futebol – e a estimativa é de que sejam movimentados 18 milhões de metros cúbicos de terra nesta fase. A obra está com cerca de 50% dos serviços de terraplanagem concluídos. A estimativa é de que a construção da fábrica comece a partir de maio.

“A Klabin representa um novo futuro para os moradores de Ortigueira e 11 cidades da região”, diz Richa

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‘Temos um novo

Paraná’, diz Richa

O programa Paraná Competitivo conseguiu reerguer a industrialização do estado, com a atração de novos investimentos e a expansão de alguns já existentes. O programa já quantifica mais de R$ 26 bilhões em investimentos e prevê chegar a R$ 30 bilhões até o final deste ano. São mais de 150 mil empregos criados e 80% deles no interior.

“É a maior industrialização que o Paraná já viveu e 70% dos investimentos são no interior. Construímos um novo Paraná pela descentralização. Antes, tudo o que vinha para cá vinha para a região de Curitiba. O Paraná hoje está se tornando mais homogêneo, com oportunidades em todas as regiões”, avalia o governador Beto Richa.

Não por menos, em 2013 o Paraná criou 90.349 empregos com carteira assinada, dos quais 80% foram no interior. Os novos investimentos que chegam pelo Paraná Competitivo estão criando 150 mil postos de trabalhos em todas as regiões. “A certeza de que muitos paranaenses terão mais renda e qualidade de vida”, completa Richa.

“Mais riqueza para os municípios e a certeza de mais oportunidade para sua gente”, diz Richa

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