Em menos 10 meses, o novo comando da Itaipu Binacional segue o ritmo do governo Lula, expandiu sua área de atuação com projetos socioambientais que atendem as 399 cidades paranaenses e mais 35 do Mato Grosso do Sul, avaliou nesta semana o deputado Zeca Dirceu (PT) durante conversa com prefeitos nesta semana em Brasília. “Itaipu é hoje a grande parceira das prefeituras com investimentos em todas as cidades do Paraná e parte do Mato Grosso do Sul”, disse.
“Os projetos, que incluem também obras de infraestrutura, foram definidos pelos prefeitos dentro de eixos de meio ambiente e energias renováveis. Os recursos já estão disponíveis na Caixa Econômica Federal e as obras devem começar no máximo no primeiro trimestre de 2024”, afirmou o líder do PT na Câmara dos Deputados.
O programa Itaipu Mais que Energia, apontado pelo deputado, demanda R$ 938 milhões da binacional e com a contrapartida dos municípios, os investimentos chegam a R$ 1 bilhão. “É um programa inédito com obras como pavimentação de estradas e ruas, construção de unidades de recicláveis e escolas, recuperação de nascentes, instalação de biodigestores, usinas fotovoltaicas e redes de abastecimento de água”, disse.
Expansão
Os novos investimentos da Itaipu são permitidos, explica Zeca Dirceu, após o pagamento da dívida para construção da usina em fevereiro de 2023. “A gestão da Itaipu, comandada pelo diretor-geral Enio Verri, ampliou a área de atuação com ações de responsabilidade social e ambiental para todo o Paraná e ao noroeste e sudoeste do Mato Grosso do Sul”.
“O novo foco de atuação da Itaipu se estendeu além do oeste e noroeste do Paraná e de obras de grande impacto positivo nas regiões. Agora são atendidos os assentamentos e aldeias indígenas, as cooperativas e associações de catadores e de produtores da agricultura familiar, além das comunidades mais carentes”, completa Zeca Dirceu.
Educação
A nova dinâmica abrangeu as áreas de educação, saúde e habitação. Em julho, a Itaipu assinou convênio com o Estado, no valor de R$ 17,76 milhões, para renovar o mobiliário de 286 escolas das regiões oeste, noroeste e sudoeste. Em setembro, a Itaipu lançou o edital para financiar um programa de extensão de oito universidades públicas do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Em novembro, dois novos convênios de R$ 3,6 milhões vão permitir as reformas do ginásio de esportes do campus do IFPR (Instituto Federal de Educação) e do campus da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) de Foz do Iguaçu.
“Não podemos esquecer que em julho, o presidente Lula e o diretor-geral Enio Verri anunciaram R$ 600 milhões para a retomada das obras da sede da Unila (Universidade Federal de Integração Latino Americana) que foram abandonadas há seis anos. É um novo marco no ensino superior que deve ser entregue ainda até o final do governo Lula”, disse Zeca Dirceu.
Hospitais
A saúde pública, afirma Zeca Dirceu, também é uma área prioritária na ação de Itaipu. O Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu está recebendo R$ 36 milhões, em 12 parcelas de R$ 3 milhões, para despesas de custeio e terá mais recursos para a saúde em novo convênio que será formalizado através da Unioeste. “O hospital que atende todo extremo-oeste pelo SUS caminha para a federalização, o mais provável através de uma gestão compartilhada pela da Unila com recursos do MEC e Ministério da Saúde”, disse o deputado.
Agora em dezembro, a Itaipu Binacional anunciou R$ 15 milhões para as obras da segunda unidade do Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba. No total, a construção vai custar R$ 70 milhões, com recursos da Itaipu, governo federal, Estado e da Assembleia Legislativa do Paraná. O início das obras será em janeiro de 2024 com entrega prevista para 2026.
Ainda neste mês, a binacional repassou R$ 17,7 milhões em apoio a projetos sociais no Paraná. Desse montante, R$ 6,7 milhões vão atender 60 entidades da região oeste na compra de equipamentos diversos, implementos agrícolas, obras de reforma e instalação de sistemas fotovoltaicos, entre outros investimentos.
*Habitação, turismo e UVRs*
O deputado ainda destaca que com a venda de imóveis que a usina não está mais usando em Foz do Iguaçu, a usina vai financiar a construção de 254 moradias para as famílias de baixa renda da cidade, com investimento inicial de R$ 76,3 milhões. Desse total, R$ 61 milhões serão empregados pela Itaipu. As primeiras casas devem ser entregues no segundo semestre de 2024.
Zeca Dirceu lembra que a Itaipu criou duas gerências de turismo, uma na usina e outra no PTI – que incentivam a divulgação do destino Iguaçu na tríplice fronteira. A região trinacional recebe mais de três milhões de turistas por ano com potencial de dobrar esse número. Ainda região, a Itaipu desenvolve e apoia projetos de uso do lago e reservatório da usina para atividades de lazer e turismo.
“Há ainda um projeto de Itaipu que admiro muito. O apoio às unidades de valorização de recicláveis. Em 2003, no primeiro governo Lula, foi criada a primeira associação de recicladores. Hoje já são 68 UVRs em 55 cidades com 1.092 empregos diretos e renda média mensal de R$ 1,7 mil. Em torno de 2,4 mil toneladas de material é reciclado mensalmente. Agora com o programa Mais que Energia, esse projeto pode chegar às 430 cidades do Paraná e Mato Grosso do Sul”, completa Zeca Dirceu.