Na madrugada de 5 de maio de 1984, a turbina número 1 de Itaipu girou pela primeira vez. Quarenta e um anos depois, aquele momento virou história — uma história marcada por cooperação binacional, engenharia monumental e uma contribuição energética que segue mudando o destino de milhões de pessoas no Brasil e no Paraguai.
Desde então, a usina já gerou mais de 3 milhões de GWh de energia limpa e renovável. É como se Itaipu tivesse abastecido o planeta Terra inteiro por 44 dias, o Brasil por quase cinco anos inteiros ou o Paraguai por um século e meio. Números que a transformam em referência mundial em produção hidrelétrica e símbolo de integração regional.
Itaipu não é apenas uma usina: é uma obra de Estado, de engenharia e de tempo. Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, ela já bateu recordes mundiais, como o de 103 milhões de MWh produzidos em 2016. Mesmo com menor demanda nos últimos anos, encerrando 2024 com 67 milhões de MWh, a usina ainda responde por quase 78% da energia consumida no Paraguai e quase 7% da brasileira.
Mais do que garantir energia, Itaipu cumpre um papel estratégico no sistema elétrico: sua resposta rápida em horários de pico ajuda a equilibrar a geração intermitente de outras fontes renováveis, como a solar e a eólica. Quando não há sol ou vento, Itaipu está lá.
Atualização e futuro de Itaipu
Para seguir sendo o que é — e ainda mais —, Itaipu iniciou, em 2022, o Plano de Atualização Tecnológica, que vai modernizar todo o parque gerador ao longo de 14 anos, com investimento de US$ 670 milhões. Cabos, sistemas de controle, subestações, medição: tudo será refeito para garantir mais segurança, confiabilidade e longevidade à usina que já dura quatro décadas.
Além da energia, Itaipu deixa outro legado: a preservação ambiental, com programas de reflorestamento, proteção da fauna e educação ambiental em sua faixa de influência. Uma usina que gera muito mais que megawatts: gera desenvolvimento, gera integração, gera futuro.
Em tempos de incerteza climática e disputas geopolíticas, Itaipu segue firme, como obra que uniu dois países e segue iluminando milhões de vidas — todos os dias, há 41 anos.
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