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Grupo Tortura Nunca Mais inaugura sede em Curitiba

Grupo Tortura Nunca Mais inaugura sede em Curitiba

O grupo Tortura Nunca Mais no Brasil inaugura, no dia 17 de setembro, em comemoração aos 30 anos da anistia no país, sua sede paranaense no edifício Asa, sala 608, às 19h, em Curitiba. Serão exibidos vídeos, e haverá música e poesia em homenagem especial às pessoas que lutaram pela redemocratização do Brasil na Campanha da Anistia. O edifício Asa fica na rua Voluntários da Pátria, 475.

As manifestações pelos 30 anos de anistia no Brasil deveriam ser realizadas em Curitiba no final de agosto, data da aprovação da Lei da Anistia no Congresso Nacional, porém foram transferidas para setembro em razão da gripe A.

“Hoje, as principais bandeiras do grupo Tortura Nunca Mais são a abertura de todos os arquivos da repressão, instalação de uma Comissão da Verdade e da Justiça, a descriminalização dos movimentos sociais e a responsabilização civil, administrativa e criminal dos civis e militares que praticaram crimes durante a ditadura”, afirma Narciso Pires, presidente do grupo.

Segundo Narciso Pires, o Estado está pagando indenizações altas, de bilhões de reais, por crimes cometidos durante o regime militar. “Ainda hoje, torturadores e assassinos da época da ditadura continuam recebendo, a título de pensão e vantagens, quantias enormes junto à União, Estado e Estados brasileiros. Há milhares de agentes civis e militares se beneficiando por atos que praticaram como agentes políticos criminosos, que já deveriam ter sido levados ao banco dos réus”, destaca.

“Todos os países do Cone Sul estão punindo os torturadores e praticantes de crimes durante o período de ditadura militar. Mais recentemente, a justiça chilena ordenou a prisão de 120 militares e agentes do serviço secreto por crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar do general Augusto Pinochet. O ex-ditador argentino Jorge Videla está na prisão, o ex-presidente uruguaio Juan María Bordaberry Arocena continua preso e o ditador chileno Augusto Pinochet morreu na prisão”, lembra Narciso Pires.