Membros do GT-HU se encontraram no HM poucas horas após a constituição da equipe. A meta é otimizar o processo de instalação do hospital-escola
No primeiro dia útil após a constituição do Grupo de Trabalho – Hospital Universitário (GT- HU), a equipe se reuniu para pautar as ações, que integrarão o processo de transformação das unidades de Saúde de Foz do Iguaçu, em órgão de aprendizado para alunos de medicina. O encontro aconteceu na tarde dessa segunda-feira, nas dependências do Hospital Municipal Padre Germano Lauck.
O diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde, Faisal Jomaa, disse que nesta primeira reunião, foram discutidas diretrizes para a concretização do projeto, que diminuirá sensivelmente, o impacto que a pasta de Saúde exerce sobre a máquina administrativa. ‘A transformação da instituição em hospital-escola arrola o trabalho conjunto entre governo federal, município e a Universidade de Integração Latino Americana (Unila). Com o suporte do SUS e a mão de obra acadêmica, será possível atender a demanda e ampliar o leque de especialidades médicas’, explicou Faisal.
A Fundação Municipal de Saúde assumiu a administração do HM em 2013 e desde então, busca por ferramentas que garantam um atendimento de qualidade aos usuários do SUS, e a desoneração do município. A autorização do curso de medicina na Unila e a transformação da instituição em hospital universitário são algumas das vitórias anunciadas, em menos de um ano de gestão. A conquista é resultado da soma de esforços entre o prefeito Reni Pereira, a direção da Fundação e do advogado Tulio Bandeira, membro do Conselho Curador.
De acordo com Faisal, há muito trabalho pela frente, por isso, as reuniões acontecerão com uma frequência bastante ajustadas. Ele disse que os primeiros passos são referentes à identificação dos pontos vulneráveis, para que no tempo certo, o HM esteja apto a ser credenciado como hospital-escola. Segundo o diretor-presidente da FMS, atender todos os requisitos demanda tempo e ajustes, mas o pontapé inicial foi dado e todas as correntes são favoráveis para a concretização do projeto.
Além de avaliar quais são os pré-requisitos necessários para dar início ao processo, o GT-HU tem como meta a formatação de uma estrutura, onde os alunos criem vínculos com a comunidade. Dentro desse contexto, o hospital já abriga duas turmas de residência médica. Conforme estatísticas, 70% dos residentes permanecem trabalhando na instituição de aprendizado.
Por se tratar de uma zona fronteiriça e uma demanda de quase 800 mil pessoas, com a instalação do hospital universitário, a cidade tende a se transformar em um grande centro acadêmico de medicina. O início do curso na Unila está previsto para o mês de agosto. Os primeiros alunos serão selecionados através da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), deste ano.
O novo encontro da equipe deve acontecer nos próximos dias, também nas dependências do Hospital Municipal. O GT-HU é formado por profissionais da área de saúde e membros de entidades relacionadas. Também fazem parte do grupo, dois representantes da Unila, um da Procuradoria Geral do município e da Secretaria Municipal de Planejamento.