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Greve mostra que Curitiba não é cidade de primeiro mundo, dizem moradores

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Moradores de Curitiba e região metropolitana afetados pela greve de ônibus, que no primeiro dia paralisou praticamente 100% da frota, e segue nesta terça-feira (27) com 40% do número de coletivos, afirmam que a paralisação não leva em consideração as necessidades dos usuários. “Praticamente toda a população da cidade foi afetada, até aqueles que usam carro próprio, pois o trânsito ficou caótico na cidade toda”, afirmou o internauta que se identificou como como Rodrigo CM nos comentários sobre a greve. O UOL abriu espaço para que usuários do serviço de transporte de Curitiba dessem sua opinião sobre a paralisação.

“Prefeito sem autoridade, empresas que oferecem um transporte público de péssima qualidade, motoristas e cobradores mal remunerados… (…) já foi um lugar bom de se viver…. de primeiro mundo não tem nada”, escreveu o internauta que assinou como Marinheiro54.

Para a professora Cinthya Harder Brito, o primeiro dia de greve prejudicou muito a população. “Eu precisei faltar na escola e deixar meus alunos na mão”, escreveu. “Tinha seis aulas para dar em Pinhais e moro no Alto Boqueirão. Pego cinco ônibus para chegar lá, e se é difícil com 100% da frota operando, imaginem com esses 40% que estão exigindo”.

Outro internauta expõe a greve como uma questão política. “Não sou contra greve quando a causa é justa, muitas vezes a única saída para um acordo. Mas nós sabemos que esta é mais uma briga política do que salarial. Fui afetado sim, andei pra caramba”, escreveu Boca-Negra, comentando ainda a questão dos subsídios, que foi levantada por mais usuários de transportes, como o internauta zofal. “Depois que o Tribunal de Contas do Estado definiu que o governo tinha que diminuir o repasse para os empresários do setor no que diz respeito a integração com a RMC, me parece que os sindicatos dos empresários e dos motoristas e cobradores entraram num conluio para realizar a greve. Assim, eles justificam o aumento das tarifas para nós, usuários do sistema. E quem paga a conta? O povão. É mesmo o cheiro do ralo”.

Há quem discuta o direito de o consumidor ser ressarcido por perdas causadas pela paralisação. “O usuário deveria pedir indenização pelas perdas de seu trabalho ou salário”, disse o internauta que se identificou como Tabajara Bom.