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Governo do Paraná envia carta à Rede Globo

Governo do Paraná envia carta à Rede Globo 

Curitiba, 08 de novembro de 2006.

Aos jornalistas Ali Kamel, Carlos Eduardo Schroder, Willian Bonner, Elaine Camilo, Roberto Machado e Wilson Serra
Rede Globo

Pela segunda vez, em menos de três meses, a Rede Globo erra sobre o Porto de Paranaguá. No dia 5 de agosto, a tal caravana de Pedro Bial esteve no Porto e viu uma fila diante do terminal da Cargill, privado, e atribuiu-a à ineficiência do porto público. Chegou a afirmar que “Nos terminais arrendados à iniciativa privada a coisa ainda anda”. Pior ainda, sem nenhuma sustentação em fatos, apenas no ouviu dizer, disse que os caminhões podem amargar até 24 horas na fila.

No dia 7 de novembro, de novo no Jornal Nacional, mais um amontoado de desinformações. Usando imagens de arquivo, a Globo volta a ver filas no Porto de Paranaguá. Chega a afirmar que as tais filas estendem-se por 90 quilômetros, atingindo Curitiba.

Segundo pudemos verificar com a afiliada da Globo, a matéria não foi produzida no Paraná e o jornalismo local não tinha informações sobre a reportagem. Donde se deduz que tudo foi feito com imagens de arquivo e dados também há tanto tempo arquivados, em desuso, superados pelos fatos.

Desde que foi reorganizado pelo atual governo, o Porto não tem mais filas. A nova logística exige que os caminhões que chegam ao Porto estejam com as suas cargas negociadas e prontas para serem descarregadas nos terminais e embarcadas nos navios. Ao contrário de antigamente, quando havia aquelas filas das imagens de arquivo da Globo, tempo em que os exportadores, de forma abusada, transformavam os caminhões em silos sobre rodas, enquanto negociavam a venda do grão e aguardavam a chegada do navio. Hoje, reafirme-se, só desce a Paranaguá o caminhão com a carga já vendida e o embarque programado.

Se alguns terminais privados (caso os senhores não saibam há terminais privados no Porto) não adotam a mesma logística e às vezes se enroscam em filas, a ineficiência acaba sendo atribuída ao terminal público, como fez Pedro Bial.

No entanto, dos tantos equívocos da Globo, um possível prêmio Esso ao inverso, ainda é de Mirian Leitão e Renato Machado. No Bom Dia Brasil, do dia 27 de abril de 2004, eles fizeram duras críticas ao Governador Roberto Requião, por causa, mais uma vez do Porto de Paranaguá.

Mirian Leitão chegou a afirmar que “regras inventadas pelo Governador Roberto Requião, como a de verificar toda soja embarcada para separar a transgênica” estavam contribuindo para a formação de filas no Porto de Paranaguá. De novo, as benditas filas. Ao comentário da jornalista, adicionou sabiamente Renato Machado: “A separação da soja certamente deve demorar muito tempo”.

 Senhores, para verificar se a soja é transgênica ou não, não se demora mais do que 2 minutos, como qualquer pessoa bem informada sobre esse procedimento sabe.

Mas os jornalistas não se limitaram a isso, foram além. Criticando a tal da ineficiência e as filas recorrentes, informaram que de janeiro a março de 2004, por causa de tantos gargalos, o Porto de Paranaguá havia exportado “apenas” 293 milhões de toneladas de soja, contra 669 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior.

Senhores, o mundo não produz 293 milhões de toneladas de soja, muito menos, 669 milhões. A atual safra mundial, segundo números otimistas, deve chegar a 224 milhões de toneladas.

Mais ainda, Mirian Leitão afirmava que, naquele dia, 50 navios estavam aguardando embarque nos cais de Paranaguá. Impossível, somados os berços públicos e privados, 23 navios podem atracar de uma só vez.

Como é possível conviver com e aceitar tanta desinformação, tanta superficialidade e irresponsabilidade? A ligeireza com que assuntos tão sérios são tratados prejudica imensamente o Paraná e o seu Porto. Tudo bem que a Globo tenha, editorialmente, uma posição pró-privatização dos Portos. O que não se admite é que essa posição contamine a informação.

De todo modo, caso a Globo queira ter uma noção exata do que acontece no Porto de Paranaguá pode acessar www.portosdoparana.com.br e terá, ao vivo, 24 horas por dia, todas as informações que queira.

Maior porto graneleiro do mundo, Paranaguá deve fechar o ano com uma receita cambial superior a 10 bilhões de dólares, mais de duas vezes a receita cambial do primeiro ano do governo de Requião.

A comparação com Santos seria adequada se a Globo informasse que as exportações de carros que a Grimaldi fazia pelo terminal paulista foram transferidas ao Paraná, por causa das vantagens aqui oferecidas, como preço, rapidez, segurança, confiabilidade.

Como se vê, além do maior exportador de grãos do Brasil (60% dos grãos exportados pelo país saem de Paranaguá), o porto paranaense transforma-se em um terminal multicargas, ganhando a competição com outros para exportação de madeira, congelados, por exemplos.

 Outras informações úteis à Globo. Com a integração e a otimização de cargas on-line, o pátio de triagem aumentou em mais de 50% sua capacidade de fluxo de caminhões, já em 2004. Neste ano, houve um aumento de mais 23% no número de caminhões recebidos no pátio de triagem. Só no mês passado, outubro, o pátio recebeu 12.433 caminhões, contra 7.686 caminhões recebidos no mesmo período, no ano anterior. Nem por isso se vê fila em Paranaguá.

Completando, duas avaliações do porto paranaense. Primeira, do Professor Suriman Nogueira de Souza Jr, da Fundação Getúlio Vargas. Para ele a modernização do porto de Paranaguá, feita por Requião, transformou-o em “exemplo de que a administração pública pode ser mais eficiente do que a administração privada”. Segundo ele, a nova logística de operação adotada pelo Porto o faz um dos mais eficientes do país.

Outra avaliação é do Cônsul Geral dos Estados Unidos no Brasil, Christopher McMullen, que, em nome do Serviço Comercial de seu país, firmou um convênio com os portos de Paranaguá e Antonina, escolhendo-os para ser a principal porta de entrada de produtos, serviços e tecnologia americanos. Segundo o Cônsul, a escolha dos portos paranaenses é resultado do bom desempenho obtido pelos terminais nos últimos três anos.

Textualmente, declarou o Cônsul: “Os portos de Paranaguá e Antonina são os maiores do sul do Brasil e o que pudemos observar aqui é que os terminais paranaenses estão crescendo e acreditamos que vamos aproveitar este crescimento, expandindo nossas relações com eles”.

Por fim, mais uma informação. A segregação da soja transgênica da não transgênica não é uma birra, ou como disse Mirian Leitão, uma regra inventada pelo Governador Requião. É da Lei. E o Paraná obedece à lei sobre o assunto. Hoje, o Porto de Paranaguá não rejeita a exportação de grãos transgênicos. Foi designado um terminal especialmente para isso. O que o Paraná não faz é misturar a soja transgênica com a convencional. Mesmo porque a produção de soja transgênica em nosso Estado é insignificante.

A posição do Governador sobre a não mistura dos dois grãos está trazendo para nossos agricultores enormes vantagens. Hoje, o Porto de Paranaguá é conhecido no mundo todo como um porto que faz a segregação e que o importador jamais correrá o risco de receber o grão contaminado.

Como até mesmo a Globo deve saber, as tantas restrições internacionais aos produtos transgênicos (União Européia, China, Índia) fazem com que o preço da soja convencional paranaense seja superior ao grão geneticamente modificado. Sepultam-se então, ingloriosamente, aquelas críticas tão enfadonhamente repetidas ao Governador Requião por sua posição em relação aos grãos OGM.

Senhores, são informações, são fatos. Nada mais que a verdade. Gostaríamos que, pelo menos uma vez, isso fosse refletido nos telejornais da Globo. Não é o fato da Rede ter uma clara posição pró-privatizações que deve fazer com que ela deixe de reconhecer a eficiência do porto público paranaense.

Evidentemente gostaríamos de ver acolhidos os nossos esclarecimentos, a bem da verdade, já que, entendemos, liberdade de imprensa também é bem informar a sociedade. E boa notícia também é notícia.

Benedito Pires
Secretário de Imprensa do Governo do Paraná

Governo do Paraná envia carta à Rede Globo

Curitiba, 08 de novembro de 2006.

Aos jornalistas Ali Kamel, Carlos Eduardo Schroder, Willian Bonner, Elaine Camilo, Roberto Machado e Wilson Serra
Rede Globo

Pela segunda vez, em menos de três meses, a Rede Globo erra sobre o Porto de Paranaguá. No dia 5 de agosto, a tal caravana de Pedro Bial esteve no Porto e viu uma fila diante do terminal da Cargill, privado, e atribuiu-a à ineficiência do porto público. Chegou a afirmar que “Nos terminais arrendados à iniciativa privada a coisa ainda anda”. Pior ainda, sem nenhuma sustentação em fatos, apenas no ouviu dizer, disse que os caminhões podem amargar até 24 horas na fila.

No dia 7 de novembro, de novo no Jornal Nacional, mais um amontoado de desinformações. Usando imagens de arquivo, a Globo volta a ver filas no Porto de Paranaguá. Chega a afirmar que as tais filas estendem-se por 90 quilômetros, atingindo Curitiba.

Segundo pudemos verificar com a afiliada da Globo, a matéria não foi produzida no Paraná e o jornalismo local não tinha informações sobre a reportagem. Donde se deduz que tudo foi feito com imagens de arquivo e dados também há tanto tempo arquivados, em desuso, superados pelos fatos.

Desde que foi reorganizado pelo atual governo, o Porto não tem mais filas. A nova logística exige que os caminhões que chegam ao Porto estejam com as suas cargas negociadas e prontas para serem descarregadas nos terminais e embarcadas nos navios. Ao contrário de antigamente, quando havia aquelas filas das imagens de arquivo da Globo, tempo em que os exportadores, de forma abusada, transformavam os caminhões em silos sobre rodas, enquanto negociavam a venda do grão e aguardavam a chegada do navio. Hoje, reafirme-se, só desce a Paranaguá o caminhão com a carga já vendida e o embarque programado.

Se alguns terminais privados (caso os senhores não saibam há terminais privados no Porto) não adotam a mesma logística e às vezes se enroscam em filas, a ineficiência acaba sendo atribuída ao terminal público, como fez Pedro Bial.

No entanto, dos tantos equívocos da Globo, um possível prêmio Esso ao inverso, ainda é de Mirian Leitão e Renato Machado. No Bom Dia Brasil, do dia 27 de abril de 2004, eles fizeram duras críticas ao Governador Roberto Requião, por causa, mais uma vez do Porto de Paranaguá.

Mirian Leitão chegou a afirmar que “regras inventadas pelo Governador Roberto Requião, como a de verificar toda soja embarcada para separar a transgênica” estavam contribuindo para a formação de filas no Porto de Paranaguá. De novo, as benditas filas. Ao comentário da jornalista, adicionou sabiamente Renato Machado: “A separação da soja certamente deve demorar muito tempo”.

 Senhores, para verificar se a soja é transgênica ou não, não se demora mais do que 2 minutos, como qualquer pessoa bem informada sobre esse procedimento sabe.

Mas os jornalistas não se limitaram a isso, foram além. Criticando a tal da ineficiência e as filas recorrentes, informaram que de janeiro a março de 2004, por causa de tantos gargalos, o Porto de Paranaguá havia exportado “apenas” 293 milhões de toneladas de soja, contra 669 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior.

Senhores, o mundo não produz 293 milhões de toneladas de soja, muito menos, 669 milhões. A atual safra mundial, segundo números otimistas, deve chegar a 224 milhões de toneladas.

Mais ainda, Mirian Leitão afirmava que, naquele dia, 50 navios estavam aguardando embarque nos cais de Paranaguá. Impossível, somados os berços públicos e privados, 23 navios podem atracar de uma só vez.

Como é possível conviver com e aceitar tanta desinformação, tanta superficialidade e irresponsabilidade? A ligeireza com que assuntos tão sérios são tratados prejudica imensamente o Paraná e o seu Porto. Tudo bem que a Globo tenha, editorialmente, uma posição pró-privatização dos Portos. O que não se admite é que essa posição contamine a informação.

De todo modo, caso a Globo queira ter uma noção exata do que acontece no Porto de Paranaguá pode acessar www.portosdoparana.com.br e terá, ao vivo, 24 horas por dia, todas as informações que queira.

Maior porto graneleiro do mundo, Paranaguá deve fechar o ano com uma receita cambial superior a 10 bilhões de dólares, mais de duas vezes a receita cambial do primeiro ano do governo de Requião.

A comparação com Santos seria adequada se a Globo informasse que as exportações de carros que a Grimaldi fazia pelo terminal paulista foram transferidas ao Paraná, por causa das vantagens aqui oferecidas, como preço, rapidez, segurança, confiabilidade.

Como se vê, além do maior exportador de grãos do Brasil (60% dos grãos exportados pelo país saem de Paranaguá), o porto paranaense transforma-se em um terminal multicargas, ganhando a competição com outros para exportação de madeira, congelados, por exemplos.

 Outras informações úteis à Globo. Com a integração e a otimização de cargas on-line, o pátio de triagem aumentou em mais de 50% sua capacidade de fluxo de caminhões, já em 2004. Neste ano, houve um aumento de mais 23% no número de caminhões recebidos no pátio de triagem. Só no mês passado, outubro, o pátio recebeu 12.433 caminhões, contra 7.686 caminhões recebidos no mesmo período, no ano anterior. Nem por isso se vê fila em Paranaguá.

Completando, duas avaliações do porto paranaense. Primeira, do Professor Suriman Nogueira de Souza Jr, da Fundação Getúlio Vargas. Para ele a modernização do porto de Paranaguá, feita por Requião, transformou-o em “exemplo de que a administração pública pode ser mais eficiente do que a administração privada”. Segundo ele, a nova logística de operação adotada pelo Porto o faz um dos mais eficientes do país.

Outra avaliação é do Cônsul Geral dos Estados Unidos no Brasil, Christopher McMullen, que, em nome do Serviço Comercial de seu país, firmou um convênio com os portos de Paranaguá e Antonina, escolhendo-os para ser a principal porta de entrada de produtos, serviços e tecnologia americanos. Segundo o Cônsul, a escolha dos portos paranaenses é resultado do bom desempenho obtido pelos terminais nos últimos três anos.

Textualmente, declarou o Cônsul: “Os portos de Paranaguá e Antonina são os maiores do sul do Brasil e o que pudemos observar aqui é que os terminais paranaenses estão crescendo e acreditamos que vamos aproveitar este crescimento, expandindo nossas relações com eles”.

Por fim, mais uma informação. A segregação da soja transgênica da não transgênica não é uma birra, ou como disse Mirian Leitão, uma regra inventada pelo Governador Requião. É da Lei. E o Paraná obedece à lei sobre o assunto. Hoje, o Porto de Paranaguá não rejeita a exportação de grãos transgênicos. Foi designado um terminal especialmente para isso. O que o Paraná não faz é misturar a soja transgênica com a convencional. Mesmo porque a produção de soja transgênica em nosso Estado é insignificante.

A posição do Governador sobre a não mistura dos dois grãos está trazendo para nossos agricultores enormes vantagens. Hoje, o Porto de Paranaguá é conhecido no mundo todo como um porto que faz a segregação e que o importador jamais correrá o risco de receber o grão contaminado.

Como até mesmo a Globo deve saber, as tantas restrições internacionais aos produtos transgênicos (União Européia, China, Índia) fazem com que o preço da soja convencional paranaense seja superior ao grão geneticamente modificado. Sepultam-se então, ingloriosamente, aquelas críticas tão enfadonhamente repetidas ao Governador Requião por sua posição em relação aos grãos OGM.

Senhores, são informações, são fatos. Nada mais que a verdade. Gostaríamos que, pelo menos uma vez, isso fosse refletido nos telejornais da Globo. Não é o fato da Rede ter uma clara posição pró-privatizações que deve fazer com que ela deixe de reconhecer a eficiência do porto público paranaense.

Evidentemente gostaríamos de ver acolhidos os nossos esclarecimentos, a bem da verdade, já que, entendemos, liberdade de imprensa também é bem informar a sociedade. E boa notícia também é notícia.

Benedito Pires
Secretário de Imprensa do Governo do Paraná