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Frangão repudia tentativa de dissolução do diretório estadual do MDB do Paraná

O deputado Hermes Frangão Parcianello (MDB-PR) classificou como “oportunista, covarde e desarrozoado” o pedido de dissolução do diretório estadual do MDB enviado ao presidente nacional da sigla, senador Romero Jucá. “É oportunista porque tenta restringir apenas ao Paraná o malogro eleitoral do MDB em 2018 em nível nacional”, disse Frangão em carta enviados as lideranças do partido.

“Indigitar responsabilidades pelo desempenho do MDB nas últimas eleições apenas ao senador Roberto Requião não leva a nada a não ser à divisão, ao conflito, à mesquinharia das pequenas vinganças e do ressentimento”, continua o deputado.

Mão de gato – Sobre o senador Requião, o deputado diz ainda que “não é digno voltar -se dessa forma sub-reptícia, ardilosa, com a mão do gato contra uma das maiores lideranças nacionais da história do MDB”.

Frangão afirma que “se há uma corrente que almeja – e isso é legítimo – a conquista do Diretório Estadual do MDB do Paraná, que forme uma chapa, que proteste, que legitime o debate e que dispute-o”.

“Jogar por detrás do toco cascas de banana no caminho dos companheiros é comportamento mesquinho de quintas-colunas, de covardes”.

Leia a íntegra da carta

Emedebistas do Paraná

Circula, de forma um tanto quanto clandestina, para a adesão dos companheiros, um pedido de dissolução do Diretório Estadual do MDB do Paraná, dirigido ao Presidente do Diretório Nacional Senador Romero Jucá.

Não há como classificar essa solicitação a não ser como oportunista, covarde e desarrozoada.

É oportunista porque tenta restringir apenas ao Paraná o malogro eleitoral do MDB em 2018 em nível nacional. Para a análise dos companheiros, faço abaixo um quadro comparativo do desempenho de nosso partido nas eleições de 2010, 2014 e 2018. O nosso declínio eleitoral não é de agora. Vejam.

Em 2010, elegemos 79 deputados federais; 2014, redução para 66; e apenas 34, nas eleições deste ano; em 2010, elegemos, no país todo 147 deputados estaduais; 142, em 2014; e 93, neste ano de 2018; em 2010, elegemos 16 senadores; 12, em 2014; e apenas 7, em, 2018; em 2010, elegemos cinco governadores; sete em 2014; e apenas três, em 2018.

Quer dizer, a redução do número de representantes do partido, no Legislativo e no Executivo, vem acontecendo de ano a ano e acentuou-se nas eleições de 2018.

É daí? A solução é pedir a destituição do presidente do partido, Senador Romero Jucá e de toda a Executiva Nacional? Ou, ao invés disso, devemos chamar o MDB ao debate, à reflexão, à unidade diante da adversidade para, na sequência, retomar sua história vitoriosa e sua tradição de partido dos brasileiros?

Companheiros, indigitar responsabilidades pelo desempenho do MDB nas últimas eleições apenas ao Senador Roberto Requião não leva a nada a não ser à divisão, ao conflito, à mesquinharia das pequenas vinganças e do ressentimento.

É não é digno voltar -se dessa forma sub-reptícia, ardilosa, com a mão do gato contra uma das maiores lideranças nacionais da história do MDB. Deputado Estadual, Prefeito de Curitiba, três vezes Governador do Paraná, duas vezes Senador da República, o companheiro Roberto Requião merece respeito. É legítimo discordar dele. Eu também discordo, principalmente desta “aproximação” com o PT, que reputo ter sido um equívoco, embora apoiou o Ciro Gomes do PDT e não o Haddad. Deveria ter apoiado o Meirelles? Sim. Mas qual o emedebista no Paraná e no Brasil apoiou o Meirelles? É possível. Eu apoiei, produzi materiais com ele e votei. Agora, meus irmãos emedebistas, não é próprio de homens, é muito menos de companheiros de partido, torpedear um líder como Requião à sorrelfa, desreipeitosamente, covardemente.

Se há uma corrente que almeja – e isso é legítimo – a conquista do Diretório Estadual do MDB do Paraná, que forme uma chapa, que proteste, que legitime o debate e que dispute-o. Jogar por detrás do toco cascas de banana no caminho dos companheiros é comportamento mesquinho de quintas-colunas, de covardes.

Hermes Frangão Parcianello
Brasília, 04 de dezembro de 2018.