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Foz vai receber 9,6 mil doses da vacina Pfizer

Foto: Marco Verch via Flickr

Foz do Iguaçu vai receber nos 9.630 doses da vacina Pfizer contra o coronavírus, definiu a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). É a maior remessa deste terceiro lote entre as nove cidades que vão receber o imunizante norte-americano. Curitiba por exemplo, receber 7.020 doses. Ao todo 39.780 doses serão encaminhadas nos próximos dias para continuidade do Plano de Vacinação Estadual.

“Vamos receber doses para atender praticamente todas comorbidades”, disse o prefeito Chico Brasileiro nesta quinta-feira, 20. Esse grupo, entre 18 e 59 anos, é formado por portadores de 22 tipos de doenças preexistentes listadas (confira abaixo) no Plano de Imunização do Ministério da Saúde.

Para o envio da vacina, a Sesa considerou a capacidade da rede de frio da cidade para armazenamento e, principalmente a agilidade na aplicação das doses. Em Foz, a Universidade da Integração Latino-Americana (Unila) cedeu um ultrafreezer que terá condições de armazenar os imunizantes em baixíssimas temperaturas.

Condições

Além de Foz e Curitiba, vão receber a vacina Pfizer/BioNTech as cidades de Ponta Grossa (8.190 doses), Guarapuava (1.170), Araucária (1.170), Campo Largo (1.170), São José dos Pinhais (4.680), Colombo (3.510) e Pinhais (3.510 doses). “A vacina da Pfizer exige cuidados específicos para conservação, além de prazos diferenciados tanto no armazenamento quanto na aplicação após o descongelamento”, explicou o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto.

Em reunião com o governador Ratinho Júnior e o secretário Beto Preto, o prefeito de Foz do Iguaçu defendeu e conseguiu a inclusão da cidade para receber a vacina que requer condições especiais de armazenamento. “A Unila, prontamente, entendeu a necessidade e a urgência de ampliar a capacidade de vacinação, e nos emprestou esse ultrafreezer. Assim que as vacinas  chegarem, vacinaremos o grupo de comorbidades”, disse a secretária municipal, Rosa Jeronymo.

“Temos condições, estruturas e insumos específicos para iniciar imediatamente a aplicação desta vacina”, completou Rosa Jeronymo. Segundo a farmacêutica norte-americana, cada frasco da vacina possui seis doses e deve ser diluído em soro fisiológico para aplicação, além da necessidade do conjunto de seringas específicos de 1 ml.

Primeira dose

O imunizante possui validade de até seis meses quando conservado em -80ºC a -60ºC. Se a vacina for mantida na temperatura -25ºC a -15ºC, a validade é de 14 dias. Quando “descongelada”, de 2ºC a 8ºC, a durabilidade do imunizante é de até cinco dias. Caso a vacina já tenha sido diluída no soro, a duração é de apenas seis horas.

As doses contemplam a primeira aplicação (D1) da vacina em pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente e gestantes e puérperas com comorbidades. “Embora as vacinas da Pfizer estejam vindo em pouca quantidade, essas doses irão auxiliar na continuação da vacinação no grupo prioritário de comorbidades, principalmente no atendimento a gestantes, visto que a vacinação neste grupo só pode ser realizada com a Pfizer ou a CoronaVac”, afirmou Beto Preto.

Lista de comorbidades indicadas para vacinação

– Diabetes mellitus – qualquer indivíduo com diabetes;

– Pneumopatia crônica grave – indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave com uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática.

– Hipertensão Arterial Resistente – pacientes cuja pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou com pressão arterial controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos;

– Hipertensão Arterial estágio 3 – pressão arterial sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo ou comorbidade;

– Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade (pressão arterial sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade);

– Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association;

– Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária;

– Cardiopatia hipertensiva – hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo;

– Síndromes coronarianas crônicas – angina pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio);

– Valvopatias – lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico;

– Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;

– Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas (aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos);

– Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; entre outras);

– Cardiopatias congênitas no adulto com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico;

– Doença cerebrovascular – acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular;

– Doença renal crônica estágio 3 ou mais – taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e síndrome nefrótica;

– Imunossuprimidos (indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas);

– Hemoglobinopatias graves – doença falciforme e talassemia maior;

– Obesidade mórbida (IMC ≥ 40);

– Síndrome de down (trissomia do cromossomo 21);

– Cirrose hepática (cirrose hepática Child – Pugh A, B ou C);

– Pessoas com deficiência permanente entre 18 e 59 anos e que sejam cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC)

PMFI