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Foz do Iguaçu tem ‘pacote de duas mil obras’

Foz do Iguaçu tem 'pacote de duas mil obras'
Foz do Iguaçu tem 'pacote de duas mil obras'

“Foz do Iguaçu está em expansão, o que demanda novos equipamentos, obras de mobilidade urbana nos bairros e nas ligações entre as regiões e um novo plano urbano”, diz o prefeito Chico Brasileiro

Não é de hoje que Foz do Iguaçu vive um pico no setor da construção civil. No levantamento da Secretaria de Planejamento e Captação de Recursos, são em torno de mais de duas mil obras em execução nos últimos dois anos ou com alvarás aprovados para construção, que vão mudar o perfil de algumas regiões da cidade e que demandam algo próximo de R$ 5 bilhões em investimentos.

São grandes obras públicas, empreendimentos no setor de turismo, saúde e entretenimento, conjuntos residenciais e condomínios de todos os padrões, obras municipais (escolas, creches, asfalto, centros de reciclagem, etc) e obras de médio e pequeno portes (comércio, residências, ampliações e reformas). “Foz está em expansão, o que demanda novos equipamentos públicos, obras de infraestrutura e mobilidade urbana nos bairros e nas ligações entre as regiões e um novo plano urbano que deve levar em consideração o crescimento das regiões, leste, norte e sul”, disse o prefeito Chico Brasileiro.

As grandes obras de infraestrutura, custeadas pela Itaipu Binacional, puxam a fila dos investimentos liderados pela construção da segunda ponte e da perimetral leste. “Ainda teremos a duplicação da Avenida das Cataratas, obra fundamental no corredor turístico da nossa principal atração: as Cataratas do Iguaçu”.

Novas obras
Os custos levantados pela própria Itaipu apontam cifras que chegam a R$ 1,2 bilhão e segundo o prefeito vão demandar em obras complementares, interseções, alças, desvios, revitalizações, viadutos e novas ligações. Chico Brasileiro cita ainda as intervenções que serão necessárias como a revitalização do trecho urbano da Avenida das Cataratas, a construção de um mais um viaduto sobre a BR-277 próximo ao CTG Charrua e as interseções na Perimetral Leste entre a Avenida República Argentina e a rodovia federal.

“Nenhuma região de Foz ficará isolada, nem o Porto Meira, o leste ou noroeste. É a nossa determinação. As conversas estão avançadas com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e cada região vai ter seu perfil econômico definido, como já acontece com o Porto Meira que já é o nosso segundo corredor turístico”, disse Chico Brasileiro.

No setor de turismo, os investimentos superam R$ 2 bilhões e parte dos empreendimentos será entregue ou começa neste ano.  A lista inclui ampliação dos atrativos no Parque Nacional do Iguaçu (R$ 500 milhões), Hard Rock (R$ 500 milhões), Yup Star Foz (R$ 200 milhões), Aquafoz (R$ 100 milhões), novo Hotel Viale (R$ 130 milhões), grupo Dreams (R$ 70 milhões), Movie Cars (R$ 60 milhões), reformas e ampliações de hotéis (R$ 300 milhões), lojas francas (R$ 60 milhões) e Shopping JL (R$ 50 milhões).

Nessa conta também não entram as reformas, ampliações e instalação de restaurantes, churrascarias e cantinas, dos atrativos e nem os R$ 512 milhões que a concessionária pretende investir nos próximos 30 anos no aeroporto de Foz do Iguaçu.

Habitação
Outro setor em franco crescimento é o da habitação que espera um investimento de R$ 1,5 bilhão. O Secovi (sindicato de habitação) aponta que na região da Perimetral Leste, entre as avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina, será erguido um conjunto residencial com mais de 400 unidades (R$ 100 milhões – valor total de vendas) já aprovado, e a implantação de um loteamento com 800 unidades (R$ 120 milhões),

Em condomínios verticais, o Secovi prevê mais de 10 lançamentos a curto prazo. Levando em conta a média de R$ 50 milhões por condomínio, chega-se a R$ 500 milhões. Na rua Santos Dumont, um prédio de 30 andares será erguida com 240 unidades (valor médio de R$ 700 mil por unidade), ao lado Ministério Público na rua Epifânio Sosa, outro prédio de 15 andares com 100 unidades (R$ 700 mil cada unidade, em média). E no Parque Monjolo, um empreendimento de 16 andares e 30 unidades (R$ 900 mil, preço médio estimado de cada unidade).

O Secovi registra um aumento de demanda em locação e procura de imóveis para compra. Há ainda investimentos de incorporadoras em projetos de novas construções verticais e horizontais, acima da média dos últimos anos, para imóveis de 400 e 500 unidades e conjuntos de lojas de até 1,5 mil metros quadrados. No lugar da antiga Santa Casa Monsenhor Guilherme serão construídas quatro torres na área de 16,8 mil metros quadrados