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Foz do Iguaçu tem mais leitos de UTI/covid do que Curitiba e Rio de janeiro

Um estudo de pesquisa da Unila (Universidade de Integração Latinoamericana) mostra que Foz do Iguaçu, proporcionalmente, tem mais leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do que Curitiba e Rio de Janeiro, duas das principais cidades do país. Segundo os pesquisadores, Foz tem 37 leitos para cada 100 mil habitantes e essa proporção em Curitiba, chega a 21 leitos; e no Rio de Janeiro, 4,55 leitos. 

“Isso mostra todo o esforço da prefeitura e de entidades e órgãos parceiros de ampliar o atendimento de pacientes com a Covid pelo SUS. Ampliamos o hospital municipal Germano Lauck e o número de leitos que antes era em torno 150 para 280. No tratamento da covid 19, hoje são 50 leitos de UTI que somados aos do hospital Costa Cavalvanti chegam a 97. Temos um novo centro de tratamento de doenças infecciosas, construímos três novas unidades de saúde, além de implantar o telemedicina”, disse o prefeito Chico Brasileiro a respeito de como a cidade reagiu ao enfrentamento da doença.  

No entanto, o prefeito alerta que não haverá saída para as crises econômica, social e sanitária sem vacinação. “O investimento feito em equipamentos e leitos de UTI, implantados para tratamento exclusivo da covid-19, ficarão como legado, fácil de se mobilizar caso haja necessidade assistencial de ampliar o atendimento”, argumenta.  

Custos – O estudo do Grupo de Trabalho de Projeções da Unila estimou que, durante os últimos seis meses, já foram despendidos mais de R$ 22,8 milhões para tratamento dos pacientes em estado grave nas UTIs da cidade. A pesquisa levantou as estruturas do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e do Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

Para chegar a esse valor, foi utilizado como base outro estudo, realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estimou em R$ 2,7 mil o custo médio diário com cada paciente de covid-19 em UTI, no Brasil. O valor leva em conta apenas as despesas de manutenção das estruturas e não inclui custos com a construção dos leitos.

Com a alta de casos registrada desde 10 de novembro, os valores gastos com a pandemia tendem a continuar crescendo, acompanhando a taxa de ocupação das UTIs, que saltou de 61%, na segunda quinzena do mês passado, para 87%, em 22 de dezembro. 

Essa é a tendência mesmo em países que já haviam contido a primeira onda de casos. Por isso, é fundamental reforçar as outras ações de combate ao coronavírus, como o uso de máscaras, a higienização sistemática das mãos e o distanciamento social, principalmente neste período de festas de fim de ano.