Zé Beto
A delação premiada de Paulo Roberto da Costa, ex- diretor da Petrobras, caiu como um terremoto sobre o mundo político e, surpreendentemente, parece ter pegado a campanha de Dilma Rousseff de calças curtas. Boa parte do Jornal Nacional de ontem foi sobre o que já é chamado de ‘novo mensalão’ – ou de ‘petrolão’.
E o programa eleitoral de Dilma, que abriu o horário político, foi todo ele justamente sobre a Petrobras. Cantaram loas ao pré-sal, sinalizaram sobre os inimigos da pátria que estariam querendo bulir com o ‘nosso petróleo’. Todo esse lero-lero, depois de uma denúncia que já envolveu, até agora, três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais.
Todos sob a batuta do PT ou integrantes do próprio partido que teriam metido a mão em dinheiro roubado dos cofres da Petrobras. Nesse contexto, o programa político do PT foi um desastre quase tão grande quanto aquele que extinguiu os dinossauros. Ou, quem sabe, como diria Roberto Campos, os petrossauros.