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Entre mortos e feridos, salvaram-se todos

Do blog do Fábio Campana

O debate entre candidatos a prefeito de Curitiba não foi assim tão impactante. Todos se comportaram como bons moços. Cada qual ao seu estilo. Nenhuma surpresa, nenhum ataque, nenhuma farpa mais contundente. Críticas dissimuladas, nada mais que isso. Um debate político que não tocou no assunto mais importante da política hoje, o julgamento do mensalão. Quase modorrento. Engessado. Índice de audiência em nenhum momento chegou aos 2 pontos.A expectativa de que Gustavo Fruet, PDT/PT/PV, pudesse aproveitar a oportunidade para brilhar e provocar o desgaste dos adversários diretos não se confirmou. Frustrou todas as esperanças de seus adeptos.

Ratinho Junior, ponteiro na pesquisa Datafolha, e o prefeito Luciano Ducci, em visível crescimento na mesma pesquisa e no volume da campanha, passaram incólumes. Cada qual vendeu seu peixe. Sem concorrência. Sem nenhuma contestação eficaz.

Rafael Greca usou sua verve e produziu algumas frases, mas nem de longe foi o seu melhor desempenho. Não usou toda a sua capacidade de argumentação, talvez porque o debate tenha sido amarrado demais pelas regras estabelecidas.

Bruno Meirinho, da Frente de Esquerda, defendeu as teses de sua coligação e o fez bem. Insistiu na desprivatização de tudo, do trânsito às creches. Pediu plebiscito sobre a Copa do Mundo.

O grande debate, se houver, ficou para o próximo. O desta noite não mexeu nos índices. Não convenceu ninguém. Hoje, todos dirão que foram os vencedores. A eles, as batatas.