O jornal Gazeta do Povo traz nesta segunda-feira (26) um levantamento completo sobre a construção de moradias populares em Curiitba, em especial as financiadas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na reportagem uma triste constatação: em Curitiba, nem ordem judicial garante moradia digna para quem está à beira de córregos, valas e rios.
"A desgraça que se abateu sobre a Vila 23 de Agosto na noite de 29 de setembro de 2008 poderia ter sido pior, mas depois bem poderia ter melhorado as coisas se o poder público tivesse cumprido o prometido", destaca a reportagem. A inoperância da gestão Beto Richa (PSDB) é gritante, principalmente no caso de Nathália dos Santos Cavalheiro, de 72 anos.
"A providência pareceria a melhor possível, não fossem dois senões. O primeiro: a Cohab tirou Nathália dos Santos Cavalheiro, 72 anos, da beira da rua para colocá-la na beira do rio, a um metro do ribeirão. O segundo: a Cohab não cumpriu a solicitação do Ministério Público para dar prioridade à relocação dela para a casa do PAC da Habitação em que está inscrita, pois com ela moram três crianças em situação de risco. Nathália tem a guarda dos bisnetos Bruna, 8 anos; Onide, 9 anos; e Márcio, 15 anos. A Cohab recebeu a recomendação do Ministério Público ainda em março. Contudo, os quatro ainda estão na meia-água provisória", relata o jornal.
A suspeita é que a Cohab (Companhia de Habitação Popular de Curitiba), mesmo negando, estaria esperando a entrega de conjuntos populares para março, às vésperas do prazo máximo para o prefeito Beto Richa (PSDB) renunciar ao cargo e concorrer ao Governo do Estado.
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