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Em Cascavel, Justiça ouve vereador Julio Cesar no “caso da bolsa”

Por Julio Cesar Fernandes, no Paraná Oeste:

O vereador Julio Cesar Leme da Silva foi ouvido na tarde desta terça-feira (25) pelo juiz da 3ª Vara Cível, Murilo Gasparini Moreno. O vereador figura como réu e é acusado de improbidade administrativa no processo que apura o suposto uso de dinheiro público, à época em que Julio Cesar era presidente da Câmara, na compra de uma bolsa para sua esposa.

O Ministério Público do Paraná abriu processo contra Julio Cesar e sua esposa, após a denúncia de que a bolsa, inicialmente paga com recursos particulares, tivera seu valor ressarcido após a despesa haver sido empenhada junto ao Legislativo Municipal.

Foram ouvidos nesta terça o vereador, sua esposa Solange Cristina Antosz, a ex-proprietária da loja onde a bolsa foi adquirida, senhora Elda e o seu esposo, ex-secretário municipal de Planejamento, Luiz Alberto Círico.

O processo mostra uma série de evidências de que houve tentativas de legalizar a compra, com um pedido de substituição da nota fiscal original por outra, acrescentando o termo “bolsa para note book”.

Defesa
O vereador Julio Cesar Leme da Silva, que se notabilizou pelas críticas de irregularidades contra a atual administração municipal, estava nitidamente pouco à vontade na condição de réu. Seu advogado tentou impedir o trabalho da imprensa, mas foi advertido pelo magistrado deque tratava-se de uma audiência pública, “não havendo impedimento para que seja documentada ou acompanhada”.

Julio Cesar disse que não teve participação direta no processo de compra da bolsa para a Câmara e que, na verdade, foram duas bolsas, “uma para o Legislativo, outra para minha esposa, adquiridas na mesma loja, mais ou menos à mesma época, mas por pessoas diferentes”.

Segundo ele, a bolsa da Câmara foi adquirida e paga pela funcionária (cargo em comissão) de nome Juliane, que depois tentou se ressarcir após a emissão da nota de empenho pela Câmara. Afirmou, ainda, acreditar que tudo foi uma armação do ex-secretário Círico, “uma vingança contra as denúncias que eu havia feito sobre sua atuação e que, inclusive, o levaram a perder o emprego na Prefeitura”.