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Dilma lidera, mas com margem menor

No início de junho, ela tinha 34% contra 32% de todos os concorrentes somados; agora, o placar é 38% a 38%. Nas simulações de segundo turno, petista vence tanto o tucano Aécio Neves quanto Eduardo Campos (PSB)

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da Folha de S.Paulo

Apesar de ter conseguido marcar quatro pontos a mais que na pesquisa anterior, variação maior que a de qualquer outro rival, a margem da liderança da presidente Dilma Rousseff na corrida eleitoral está mais estreita.

Isso ocorre porque, juntos, os adversários da petista avançaram mais do que ela no mesmo período. Desde o início de junho, eles conquistaram seis pontos.

No início do mês passado, Dilma tinha 34% contra 32% de todos os seus concorrentes somados. Agora, o placar é 38% a 38%.

Conclusão: embora dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos, a possibilidade de realização de um segundo turno parece maior agora.

Conforme os números do Datafolha, o que permitiu o crescimento simultâneo tanto de Dilma quanto de seus rivais foi a queda de eleitores indecisos ou dispostos a votar nulo ou em branco.

Os chamados sem candidato eram 30% na pesquisa anterior, um recorde para aquele período, o que chamou a atenção de muitos analistas. Agora, representam 24% de todo o eleitorado.

Nas últimas semanas, os partidos realizaram suas convenções para lançar as chapas, o que aumentou o grau de exposição dos candidatos.

Nas simulações de segundo turno, Dilma vence tanto o senador Aécio Neves (PSDB) quanto o ex-governador Eduardo Campos (PSB).

Contra o primeiro, o resultado seria 46% a 39%. Contra o segundo, 48% a 35%. Nesses casos, as variações em relação ao levantamento de junho são pequenas.

SEGMENTOS

As intenções de voto em Dilma mudam muito pouco conforme o sexo ou a idade do eleitor. Mas variam bastante de acordo com a região do país, a renda ou o grau de escolaridade do entrevistado.

A petista lidera nas cinco regiões. No Nordeste, obtém seu melhor desempenho, 55% das intenções de voto, sete pontos a mais do que na pesquisa anterior. Já no Sudeste, a área mais populosa do país, tem 28%, situação de empate técnico com Aécio.

Dilma também vai melhor entre os mais pobres e menos escolarizados. No grupo dos que vivem em famílias com renda de até dois salários mínimos, ela tem 45%. Na faixa intermediária dos que recebem acima de cinco e abaixo de dez salários, alcança 26% –menos do que o estrato dos mais ricos, onde tem 30%.

Em relação à escolaridade, a divisão é parecida: 47% no universo dos que têm ensino fundamental, 25% entre os que possuem ensino superior, segmento em que Aécio lidera com 36%.

Dilma é líder também em rejeição, com 32% do eleitorado total decidido a não votar nela de jeito nenhum.

Essa taxa é de 51% entre os que têm ensino superior, 49% no grupo dos que têm renda acima de dez salários e 40% na região Sudeste.

Na vice-liderança da rejeição aparece o candidato pastor Everaldo Pereira (PSC), líder de um ramo da igreja evangélica Assembleia de Deus. Ele é rejeitado por 18% –mais que Aécio (16%) ou Campos (12%).

O Datafolha ouviu 2.857 eleitores nos dias 1º e 2 de julho. A taxa de confiança é de 95% (em 100 levantamentos assim, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões).