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Delação da Quadro Negro é o fundo do poço da mentira e do sensacionalismo

Jornal Água Verde

Os leitores menos avisados poderiam pensar que as acusações infundadas contra o governador Beto Richa, apresentadas pelo dono da Construtora Valor, seria o fundo do poço no sensacionalismo jornalístico em voga, estão enganados: é apenas a ponta do iceberg. Dezenas, centenas de outras delações fabricadas por criminosos desesperados estão sendo analisadas por órgãos a Justiça, atingindo a grande maioria dos partidos e lideranças políticas.

A equação é simples: flagrado em corrupção, o criminoso tenta a todo custo se livrar das grades da prisão, delatando mentiras contra tudo e contra todos, tentando obter o apoio da Justiça para livrá-lo da prisão e conquistar prisão domiciliar em mansões cinematográficas ou apartamentos de luxo, onde poderão desfrutar do caviar e do champagne comprado com dinheiro roubado em nebulosas transações. Alguns conseguiram essa façanha, estimulando os outros a tentar o mesmo caminho.

O dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, é a principal peça na Operação Quadro Negro, um esquema para desviar o dinheiro que deveria ser aplicado na construção de escolas públicas no Paraná. Ele negociou R$ 32 milhões em obras, recebendo mesmo sem construir diversas escolas, contando com a cumplicidade de funcionários da Secretaria da Educação. Em diversos depoimentos ele afirma que teria repassado mais de R$ 17milhões a políticos e assessores.

Cadê as provas? Não há provas. Enquanto os delatores da Odebrecht, OAS, JBS e muitas outras apresentam provas como planilhas, documentos, filmagens etc., o dono da Construtora Valor não apresenta nenhuma prova e afirma que queimou os documentos que comprovavam a participação de políticos paranaenses no esquema. Ora, uma delação sem provas tem validade zero, conforme podemos constatar nas sentenças revogadas no âmbito dos supremos tribunais derrubando falsas acusações de políticos de esquerda e de direita.

No caso do Paraná, quem primeiro denunciou a roubalheira foi a Secretaria de Educação, isto é, o Governo do Paraná, que afastou os denunciados e enviou provas para instruir investigações.

O que existe é um sensacionalismo barato por parte de uma imprensa que não se preocupa em destruir reputações para obter índices de audiências que despencam diariamente – diante da pobreza e falta de criatividade de seus veículos de comunicação. Essa imprensa perdeu a batalha para a internet e hoje amarga enormes prejuízos financeiros. Uma forma de tentar salvar o que resta é ameaçar e chantagear aqueles que estão no poder. E o futuro do país que se exploda. Isso é capitalismo, idiota. Ou é capitalismo idiota.

A melhor resposta a essa situação foi dada pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. Respondendo sobre acusações irresponsáveis de que é alvo o Governo do Paraná, em particular sobre a construção de uma escola em sua cidade, Bituruna. Rossoni desabafou: “Sobre as declarações do delator investigado na Operação Quadro Negro, não há irregularidade nas obras de Bituruna. As obras foram concluídas e estão lá para quem quiser fiscalizar.”

Rossoni diz que não deve prevalecer a palavra do bandido e que se tiver alguma prova contra ele, renuncia ao cargo público.

Foto:arquivo/google