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Datafolha: 58% dos brasileiros não sabem ou não conseguem citar medida positiva do governo Bolsonaro

 

Uma pesquisa Datafolha apontou que quatro em cada dez brasileiros não consegue citar uma medida do governo de Jair Bolsonaro nos primeiros seis meses de gestão. Questionados sobre o que de melhor havia feito o presidente no período, 39% dos entrevistados responderam “nada”. Outros 19% não souberam responder à pergunta. As informações são d’O Globo.

De acordo com o instituto, o percentual de brasileiros que não destacam qualquer ação positiva do governo no período (“nada”) sobe para 45% entre as mulheres; para 46% entre entrevistados do Nordeste; e 52% para fiéis de religiões de matriz africana. O número chega a 76% na faixa dos que avaliam a gestão como “ruim ou péssima”.

Dos entrevistados que afirmaram ter votado no então candidato do PSL para presidente, 17% responderam não ver o que destacar positivamente das ações do governo.

Enquanto isso, 8% das pessoas ouvidas na pesquisa avaliaram haver avanços na segurança. Elogios a políticas sobre o tema foram mais comuns entre homens, cidadãos do Norte e do Centro-Oeste (11%) e partidários do PSDB (20%).

Segundo a pesquisa, 7% elogiaram a reforma da Previdência e 4% mencionaram o combate à corrupção como medidas positivas da gestão Bolsonaro. Para 4%, merece destaque a iniciativa de flexibilizar o porte e a posse de armas no país e, para 1%, as de acabar com o horário de verão e nomear Sergio Moro para chefiar a pasta da Justiça. A política externa foi lembrada por 2% e os ministros escolhidos, por 1% dos entrevistados.

O mesmo levantamento constatou que boa parte dos entrevistados não sabe citar medidas negativas do governo nos últimos seis meses. Questionados sobre o que de pior havia feito a atual gestão, 18% responderam “nada”. Entre os evangélicos, este percentual vai a 22% e entre os que têm 60 anos ou mais, a 25%. Entre os que consideram o governo “bom ou ótimo”, chega a 36%.

O Datafolha apontou que os decretos das armas foram a principal iniciativa lembrada como negativa (21%). Outros 19% não souberam destacar negativamente alguma proposta. A reforma da Previdência foi criticada por 12% e a imagem pública, por 9%. Este último quesito inclui declarações consideradas desnecessárias e/ou ofensivas, relação com os filhos e articulação política, explicou o instituto.

Os cortes da educação, alvos de protestos em várias cidades do país, foram citados por 3% dos entrevistados.

Na pesquisa, realizada nos dias 4 e 5 de julho, o Datafolha ouviu 2.086 pessoas, de 16 anos ou mais, em 130 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.