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Curitiba, um cenário de “fim de feira”, diz Murá

Aroldo Murá

Curitiba não mais aparece como a cidade de melhor qualidade de vida do país em rankings nacionais recentes. Por anos seguidos esteve no primeiro lugar. Campinas, SP, tomou sua posição, e até mesmo Vitória, ES, aparece melhor que nós. Claro que essa queda não é culpa de Gustavo Fruet, nem acho que Luciano Ducci seja igualmente culpado.

A diminuição da qualidade de vida de Curitiba começou anos anteriores a eles, mas foi se acentuando mais recentemente. E tem dependido de vários fatores, objetivos e subjetivos. A perda do “orgulho curitibano” pode ser um deles; o inchaço populacional, com milhares chegando diariamente de todos os cantos do estado (e país) é outro, e importante.

Há, assim, múltiplos fatores a contar para essa perda do orgulho de “ser curitibano”, com que, por anos, os cidadãos se apresentaram ao mundo, a partir dos tempos inaugurados por Jaime Lerner. Quando passo por ruas como a Visconde de Guarapuava e Bruno Filgueiras, e em diversos pontos da Sete de Setembro, encontrando inexplicáveis fios pendentes de postes, e caídos nas ruas, até entendo esse sentimento de perda nos rankings. É apenas um exemplo justificador da queda.

Mesmo porque nem as operadoras de telefone nem a Prefeitura sabem explicar as centenas de pontos, na cidade, que hoje mostram essa situação. E que se amplia com temores e indagações: “serão fios de alta tensão?” Mesmo que não apresentem perigo iminente, os fios caídos não podem compor a paisagem urbana de uma Capital como Curitiba.

Afinal, a alma da cidade nunca combinou com esse cenário de fim de feira…