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CPMF: Governo federal não tem moral para pedir o sacrifício do povo, diz Serraglio

CPMF: Governo federal não tem moral para pedir o sacrifício do povo, diz Serraglio

Em entrevista no final de semana o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou categoricamente que o governo federal não tem moral para pedir o sacrifício do povo. Serraglio fez a afirmação quando questionado sobre o pacote de ajuste fiscal enviado ao congresso e especificamente sobre a possibilidade da volta da CPMF, defendida pelo governo federal.

Serraglio que foi relator da reforma tributária em 2003 já dizia, e continua afirmando, que o Brasil tem uma carga tributária elevada para receber serviços que não correspondem ao que os brasileiros pagam. “Para eu votar a favor de qualquer novo tributo, eu tenho que estar muito convencido, mas o problema hoje nem é de se convencer, eu acho que a paciência da sociedade brasileira se esgotou, a tolerância terminou. É preciso que esse país passe por uma sacudida total, que se mostre realmente uma intenção de corrigir as coisas que aí estão e não mais sobrecarregar a população”, disse.

O deputado ressaltou que o governo federal precisa recuperar a confiança e a credibilidade. “Não se pode imaginar que depois de tudo que aconteceu, de tudo que o povo está assistindo e testemunhando todos os dias, uma esculhambação geral, onde se bota o dedo sai fraude, sai corrupção, o povo ainda é convocado a cobrir os rombos dos cofres públicos. Isso é inadmissível. Eu sou contra, voto contra. Eu tenho convicção de que essa proposta não será aprovada pelo Congresso Nacional” afirmou Serraglio.

Serraglio lembrou ainda que a CPMF quando foi instituída pela última vez no Brasil não cumpriu o papel para a qual foi criada. “A CPMF é uma contribuição e o que caracteriza uma contribuição é ela ter uma destinação específica. No caso a destinação era para a saúde. O Governo empregou os recursos na saúde? Não! Já fraudou a CPMF lá atrás. Nós estamos duplamente escaldados, escaldados com a CPMF que não cumpriu a sua razão de ser e escaldados porque o Governo não tem moral hoje para pedir o sacrifício do povo”, disse o deputado.

Impeachment – Sobre o movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado afirmou que isso é uma ruptura muito forte más, que no limite, ou a presidente sacode o país, faz uma revolução na administração e mostra isso ao País ou realmente ela não tem condições de prosseguir. “Quantos anos nós perdemos com as falcatruas cometidas. Pense-se na Petrobras: perdemos US$ 200 bilhões (duzentos bilhões de dólares). Nós queremos que esse país volte a tomar um rumo que é o mínimo que nós podemos deixa para aqueles que vem depois da gente”, concluiu.