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Copel responde sobre horário de verão

A 44ª edição do horário de verão brasileiro começa no próximo fim de semana, dia 4 novembro, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora na virada de sábado para domingo. A medida tem como objetivo reduzir a demanda por energia no sistema elétrico durante horário de pico, entre 18h e 21h. A Copel estima conseguir alívio de carga de 4,5% no consumo simultâneo de energia nesse horário. - Curitiba, 30/10/2018. - Foto: Alyson Miguel

Qual a finalidade do horário de verão para a Copel?
Não apenas para a Copel, mas em todo o mundo, a finalidade do horário de verão é a mesma: evitar sobrecargas no final da tarde, quando existe muita demanda por energia: pelas pessoas que chegam em casa e usam geladeira e chuveiro, pela indústria e comércio que ainda estão funcionando, e a iluminação pública começa a ser acionada. É o chamado horário de pico, quando ocorre uma coincidência de consumo de energia por diferentes segmentos de consumidores, o que pode sobrecarregar o sistema elétrico.

Então, como o horário de verão ajuda a evitar essas sobrecargas?
Como no verão os dias são mais longos nas regiões tropicais, o horário de verão permite adiantar a rotina das pessoas: elas acordam mais cedo e chegam mais cedo em casa, usando equipamentos elétricos antes do acionamento da iluminação pública. O mesmo ocorre com o comércio e a indústria, que interrompem suas atividades antes do acionamento da iluminação pública.

Quais os benefícios desta mudança?
Ao evitar consumo de muitas classes no fim da tarde, entre 18 e 21 horas, o pico do consumo se reduz em cerca de 4,5%, conforme a média dos últimos anos. Não se pode chamar isso de economia, já que o consumo das diferentes classes continua existindo, mas em horários diferentes: em casa, mais cedo, na iluminação pública mais tarde.

Ao prevenir sobrecargas no sistema, essa diluição do pico de consumo no fim da tarde também evita o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras – além de mais poluentes. Este custo é pago pelos consumidores, seja por meio das bandeiras tarifárias, definidas a cada mês, seja por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras.

Há de fato uma redução de gastos de energia neste período?
Uma economia de energia existe, mas ela é pequena, de cerca de 0,5%, e decorre simplesmente do menor uso de lâmpadas, o que já é típico dos meses de verão, em que os dias são mais longos.

No longo prazo, existem ganhos indiretos: além de evitar o custo financeiro com o acionamento de usinas térmicas no fim da tarde, o horário de verão também permite que as hidrelétricas funcionem em regime normal, utilizando o fluxo dos rios, preservando a água que está em seus reservatórios. Esta reserva de água é uma economia de energia que se faz nos meses de chuva, para ser utilizada nos meses secos. É sempre preferível utilizar a energia das hidrelétricas do que das térmicas, por conta do seu custo de operação.

Quais os maiores e principais impactos desta ação no estado do Paraná?
O maior impacto, no Paraná como em todo o Brasil, é preservar o sistema elétrico no fim da tarde. Mas é importante mencionar que, com o uso cada vez mais comum de ar-condicionado, passou a existir um horário crítico de consumo também no início da tarde, quando o calor é mais forte. Sobre este fenômeno o Horário de Verão não tem efeito. Então, uma saída para reduzir o consumo é aproveitar melhor a iluminação natural, evitando o acionamento de lâmpadas, e principalmente, utilizar o aparelho de ar-condicionado de maneira eficiente: limpar regularmente os filtros e manter as portas fechadas quando ele estiver ligado. São medidas simples, que além de preservar o sistema, também reduzem a conta de luz.