O vereador Nilton Bobato (PCdoB) decidiu rever sua posição e se colocar contrário a proposta de Hermógenes de Oliveira, o Mogênio (PMDB), de aumentar de 15 para 21 o total de vereadores em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Em nota pública, Bobato informa que decidiu mudar sua posição devido à polêmica em torno do assunto e dos rumos que as discussões tomaram nos últimos dias.
“(…) o debate enveredou-se para outro rumo, com uma discussão que se restringe aos números, omitindo informações fundamentais sobre a impossibilidade de aumentar gastos com pessoal (o que inclui os vereadores) e sem o mais importante: o debate político da qualidade do poder legislativo, das atribuições deste poder e do próprio estado democrático que estamos construindo”, disse.
A seguir a íntegra da nota do comunista Nilton Bobato:
“Após um amplo debate realizado com a direção do PCdoB de Foz do Iguaçu e consulta aos apoiadores e amigos do Mandato, decidimos retirar o apoio inicial dado ao Projeto de Emenda a Lei Orgânica que propõe o retorno da representatividade da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu para 21 cadeiras. E decide também não apoiar nenhum outro projeto que proponha o aumento do número de vereadores em Foz.
JUSTIFICATIVA
O apoio inicial se deu pela visão de que o retorno a 21 cadeiras seria importante para ampliar a representatividade política local, ampliar os conceitos básicos de democracia, com a possibilidade de maior diversidade de pensamento na Câmara Municipal, sem aumentar gastos.
No entanto o debate enveredou-se para outro rumo, com uma discussão que se restringe aos números, omitindo informações fundamentais sobre a impossibilidade de aumentar gastos com pessoal (o que inclui os vereadores) e sem o mais importante: o debate político da qualidade do poder legislativo, das atribuições deste poder e do próprio estado democrático que estamos construindo.
E nesta construção democrática, o nosso Mandato se propõe a não ser apenas a opinião do vereador, mas levar sempre em conta o posicionamento de seus apoiadores, da comunidade e do PCdoB.
Por levar em conta este posicionamento da maioria da população, por entender que não há espaços adequados neste momento para o debate em torno da questão e que a Câmara deve se dedicar a projetos mais importantes para a cidade, me manifesto favorável à manutenção do atual número de vereadores.”