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Complexo Eólico Palmas II vai gerar energia para 240 mil pessoas

O Complexo Eólico Palmas II vai gerar energia elétrica para aproximadamente 240 mil pessoas. A informação é do diretor-presidente da Enercons, Ivo Pugnaloni, ao participar, na quinta-feira (1º de março), da audiência pública do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para discutir o impacto ambiental do empreendimento.

A iniciativa, com investimento previsto de R$ 1,2 bilhão, terá 100 aerogeradores na área rural de Palmas, no Sudoeste do Paraná. “Quando estiverem em funcionamento os sete parques previstos no complexo, a geração de energia elétrica poderá suprir cinco cidades iguais a Palmas”, ressaltou Pugnaloni.

A audiência, no Centro de Cultura Dom Agostinho José Sartori, contou com participação do prefeito Dr. Kosmos Nicolaou, vereadores, representantes de fabricantes de geradores e empresas e sociedade civil e organizada. O ato integra as ações necessárias para concessão, por parte do órgão de fiscalização ambiental do Estado, da Licença Prévia (LP), que determinará a possibilidade de instalação do empreendimento.

Prognóstico
A expectativa é que as obras tenham início na primeira metade de 2019. “O impacto será positivo para o desenvolvimento econômico e social de Palmas”, analisou Pugnaloni.

“No auge das obras, que vão durar de três a cinco anos, serão gerados aproximadamente 500 empregos diretos, além de movimentar a economia”, frisou o diretor presidente da Enercons. O empreendimento, com capacidade instalada de 200 MW (Megawatt), reúne a Cia Ambiental, EnerBios, VentoSul Energia e Inno Vent.

De acordo com o diretor executivo Pedro Luiz Fuentes Dias, da Cia Ambiental, empresa que realizou os estudos do impacto ambiental do empreendimento, Palmas é pioneira no Brasil, em tecnologia eólica. “Depois da construção dos cinco aerogeradores, as empresas e trabalhadores migraram para outras regiões”, disse.

“Em função disto, Palmas tem várias empresas com expertise nesta atividade e poderá se tornar um parque tecnológico na produção de energia eólica”, ressaltou Ivo Pugnaloni. “A cidade, diferente dos pólos do Nordeste do país, que estão distante, vai gerar energia de boa qualidade próximo ao mercado de consumo”, completou Pedro Dias.

Alcance
O Completo Eólico Palmas II será instalado em uma área de aproximadamente 16 hectares margeando à PR-280. Os trabalhadores que irão trabalhar na instalação dos aerogeradores serão contratados prioritariamente em Palmas, informaram os empreendedores.

“Esta obra vai representar um marco na história de Palmas”, ressaltou o prefeito Dr. Kosmos. Que completou: “Sem dúvida, os empregos que serão gerados e as compras que serão realizadas no comércio, vão impactar positivamente na economia local”.

O presidente da Câmara de Vereadores, Ezequiel da Silva, também participou do ato. Segundo ele, a construção das torres vão garantir uma significativa “melhora na qualidade de vida dos palmenses”, frisou.

Panorama
Os trabalhos para elaboração do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), apresentados durante a audiência, demoraram dois anos para serem concluídos. A análise, entregue em maio do ano passado ao IAP, incluiu ainda o estudo das correntes de ventos dos campos de Palmas.

O potencial eólico de Palmas começou a ser medido em 1995, com o Projeto Ventar, coordenado pela Copel. A montagem dos atuais cinco aerogeradores da Usina Eólica durou uma semana e foi encaminhada pela Centrais Eólicas do Paraná. A entrada em operação ocorreu em 1999.

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