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Comissão da Câmara quer ouvir CGU, TCU e BNDES sobre obras da Delta

Do blog do Esmael Morais

O deputado federal João Arruda (PMDB-PR), membro da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara, apresentou nesta quinta-feira (24) um requerimento solicitando a presença de representantes da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para esclarecer em audiência pública do colegiado o desdobramento dos contratos do governo federal com a Construtora Delta.

Segundo o parlamentar, que também é presidente da Comissão Especial Anticorrupção, a presença de representantes da CGU e do TCU na Comissão tem por objetivo esclarecer possíveis irregularidades nessas obras, bem como os procedimentos a serem adotados caso a Construtora seja impossibilitada de cumprir seus contratos.“A presença de representante do BNDES, por sua vez, justifica-se pela atuação do banco como financiador de obras de desenvolvimento urbano e de construção e reforma das arenas que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 e de urbanização do seu entorno”, afirma Arruda.

O deputado observa que as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigaram o esquema criminoso encabeçado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, fez com que a construtora Delta abandonasse as obras do Maracanã e da Transcarioca, saiu do consórcio formado para a construção de um trecho da Ferrovia Oeste-Leste, principal contrato que mantinha no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor de R$ 574 milhões.

No último dia 15 de maio, destaca Arruda, foi a vez de a prefeitura de Fortaleza anunciar a rescisão de um contrato de R$ 145 milhões com a mesma, que era responsável por obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014. Além das obras no Rio de Janeiro e no Ceará, a Construtora participa de obras de mobilidade urbana em Belo Horizonte e está presente em cinco grandes obras do PAC em contratos que somam mais de R$ 1,3 bilhão.

Na área federal, o Ministério da Integração Nacional, solicitou à CGU que faça uma auditoria minuciosa sobre o contrato para construção de um trecho de 39 quilômetros da obra de transposição do Rio São Francisco, no valor de R$ 265 milhões, no qual a empresa integra um consórcio com outras duas construtoras.

A CGU também anunciou a abertura de um processo para apurar as denúncias de tráfico de influência e corrupção pela empresa, com base em suspeitas de que a Construtora teria alimentado doações eleitorais repassadas por Carlinhos Cachoeira.