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Começou a guerra surda pela presidência da Assembleia

Fabio Campana

Todos acreditavam que Ademar Traiano seria reconduzido à presidência da Assembleia. Mas ele quase naufragou no barco do PSDB. Fez uma votação pequena e se salvou porque aderiu desde cedo à candidatura emergente de Ratinho Jr ao governo do Paraná. Ele fala em compromisso do novo governador, mas nove em cada dez deputados eleitos acreditam que ele não tem condição de se reeleger.

O time ascendente de Ratinho Jr tem candidatos. O mais cotado é Guto Silva, do PSD, homem da plena confiança de Ratinho Jr. Mas por isso mesmo ele pode virar chefe da Casa Civil. O PSD então só teria outro nome para o desafio, o do deputado Márcio Nunes.

Na esteira de mais de 400 mil votos, vem Fernando Francischini, que elegeu sozinho a maior bancada na Assembleia pelo PSL de Jair Bolsonaro. A dúvida é se isso pode comprometer sua candidatura a prefeito de Curitiba.

E há os nomes de políticos do PSB, Alexandre Curi e Luiz Cláudio Romanelli, da velha guarda. Fizeram campanha para Cida e se mantiveram leais a Beto Richa. Alexandre, o segundo mais votado, já disse que não aceita ser candidato e que apoia Romanelli, “o nome que pode pacificar a Casa.” Ora, o momento não é de pacificação, mas de guerra acirrada nos bastidores para ver quem acumula mais força neste novo ciclo da política paranaense.