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Com apoio de prefeitos, Dilma acredita na aprovação da CPMF

Com apoio de prefeitos, Dilma acredita na aprovação da CPMF

Depois de uma reunião de mais de duas horas com representantes da Confederação Nacional dos Municípios, o governo manifestou otimismo na aprovação da CPMF, matéria considerada chave no ajuste fiscal, mas que segue parada na Câmara. Os prefeitos apoiaram a recriação do imposto e prometeram mobilizar deputados para a aprovação da medida. A presidente Dilma Rousseff recebeu os prefeitos, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto. As informações são d’O Globo.

A proposta que está em negociação é de uma alíquota de 0,38% para nova CPMF, que configura uma elevação na projeto original do governo, que previa alíquota de 0,20% com todos os recursos indo para o governo federal. Com a alíquota maior, haverá uma repartição da arrecadação entre governo federal, estados e municípios.

— Defender imposto é sempre constrangedor, principalmente na situação que nós estamos vivendo. Mas nós não temos alternativas. Nós precisamos nos unir porque o Estado está precisando desse imposto,as prefeituras precisam desse imposto. Nós prefeitos defendemos essa CPMF desde que ela seja compartilhada com os municípios — disse Luiz Lázaro Sorvos, vice presidente da Confederação Nacional de Municípios.

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse que com a ajuda dos prefeitos, é possível vencer as resistências que a aprovação da CPMF enfrenta no Congresso.

— A CPMF é um imposto que interessa diretamente à União, aos estados e aos municípios para financiar o conjunto de programas sociais que os três entes federativos desenvolvem em benefício da população. Creio que a vinculação de prefeitos, governadores, União e os parlamentares de todos os partidos pode viabilizar uma votação com maior apoio — disse Berzoini.

O ministro disse que o governo manterá um diálogo institucional com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que já se declarou contra a recriação do imposto. Segundo Berzoini, a relação do governo com Cunha e Renan Calheiros (presidente do Senado) deve ser mantida independentemente das situações que cada um vive. No início desta semana, Cunha e Dilma protagonizaram troca de ataques verbais, com a presidente lamentando o suposto envolvimento de Cunha em corrupção e o peemedebista retrucando que o governo da petista enfrenta o maior escândalo de corrupção do mundo.

— Nós tratamos essas questões sempre de maneira republicana e transparente, tanto com o presidente da Câmara como o do Senado. Nós vamos continuar o diálogo, é um diálogo institucional, que não tem nenhuma conexão com as eventuais situações que cada um dos dirigentes políticos vive em relação a qualquer outra situação. O importante para nós é que haja o respeito a esse diálogo institucional — afirmou.

Além de Berzoini, participaram do encontro os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e 22 representantes da Confederação Nacional de Municípios.

No Congresso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, manifestou-se contra o novo imposto e avisou que o governo terá grandes dificuldades em aprovar a medida, que segue parada na Casa.

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