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Cheida ficará à frente da Secretaria do Meio Ambiente por um ano

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José Lazaro Jr
Folha de Londrina

Luiz Eduardo Cheida irá mesmo para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Após algum suspense e consultas à bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, o político londrinense se reuniu com o governador Beto Richa (PSDB) e aderiu ao primeiro escalão da gestão tucana. Ele combinou que permanecerá no cargo por apenas doze meses, renunciando à função em 2014 para concorrer a cargo eletivo nas próximas eleições. O encontro, realizado no final da tarde de ontem, foi acompanhado por Teruo Kato, líder do PMDB na AL, e Nereu Moura, vice-presidente estadual do partido.

Para essa curta passagem na administração tucana, Cheida propôs agilizar os licenciamentos ambientais, dar fim aos lixões (conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos), melhorar a gestão dos recursos hídricos e o pagamento por serviços ambientais. ”A gestão ambiental tem uma forte tradução social, daí a necessidade dessas medidas. O governador entende que é hora de dar esse salto qualitativo. Vou para o governo com a missão de ser mais um braço a ajudá-lo nesta tarefa”, disse o deputado estadual. A data da posse depende do Palácio Iguaçu.

Inicialmente uma dificuldade, Cheida vai para a Sema sem a certeza que poderá trocar todo o comando do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto das Águas e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG). ”O importante é que o governador me dê a autorização política para essas mudanças”, disse Cheida para a FOLHA. Na AL, no lugar do peemedebista, assume o radialisa Luiz Carlos Martins (PSD), cuja base eleitoral está distribuída em Curitiba e região metropolitana. Eleito pelo PDT, Martins trocou de legenda no período autorizado pela Justiça Eleitoral (criação da sigla).

A contragosto de setores do PSDB, o PMDB agora tem dois postos no primeiro escalão do governo Beto. Romanelli manteve a pasta do Trabalho, após liderar a derrota de Requião na convenção estadual do partido, em dezembro de 2012. A vitória fazia parte dos planos tucanos, que torcem pela adesão da legenda ao projeto de reeleição de Beto em 2014, quando ele disputa novamente o Palácio Iguaçu. Na ”amarração” dessa parceria ainda estaria pendente a presidência da Sanepar, antes destinada a Orlando Pessuti. A indecisão está atrelada ao mandato do senador Sérgio Souza, aliado de Pessuti e suplente da ministra Gleisi Hoffmann (PT), chefe da Casa Civil do governo federal e rival de Beto em 2014.