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Cenário da disputa entra em fase decisiva em Curitiba

Ivan Santos/Paraná On line

Faltando pouco mais de um mês para o prazo final das convenções partidárias, as articulações para a disputa pela prefeitura de Curitiba entram em fase decisiva.

Até 30 de junho, os partidos terão que definir alianças e chapas para as eleições de outubro. Entre os principais candidatos à sucessão municipal, a corrida será para escolher vices e conquistar o maior número possível de apoios com o objetivo de garantir tempo na propaganda eleitoral de rádio e televisão.

O prefeito e candidato à reeleição, Luciano Ducci (PSB) sai na frente e já conta com o apoio garantido de pelo menos seis partidos, sendo o principal deles o PSDB do governador Beto Richa, seu principal cabo eleitoral. Também já sinalizaram que estarão no palanque de Ducci o DEM, o PSD, o PP, o PTB e o PHS. Outras quatro siglas menores seguem negociando a entrada na coligação: PRP, PSL, PMN, PTC e PRB. No grupo do prefeito, porém, a principal expectativa é sobre a adesão do PMDB do senador e ex-governador Roberto Requião. O partido lançou oficialmente a pré-candidatura do ex-prefeito Rafael Greca, mas uma ala da legenda encabeçada pela bancada peemedebista na Assembleia Legislativa trabalha abertamente para fechar uma aliança com Ducci.

Não por acaso, a sobrevivência ou não da candidatura de Greca é a principal dúvida nessa reta final das articulações pré-campanha. Até agora, Requião tem resistido às pressões dos deputados e garantido a manutenção do nome do ex-prefeito na disputa. Mas a ala pró-Ducci garante que vai levar a proposta de aliança com o atual prefeito à convenção, e afirma ter maioria para “rifar” Greca.

O próprio prefeito, porém, já admitiu que por mais que esse grupo – encabeçado pelo ex-líder de Requião na Assembleia e atual secretário de Estado do Trabalho do governo Richa, Luiz Cláudio Romanelli – tenha força, o fechamento ou não da aliança dependerá da vontade do senador, que preside o diretório municipal da sigla na Capital.

Ducci também terá que definir um vice entre os partidos aliados. O preferido é o deputado federal Rubens Bueno (PPS), apontado como o que o nome que mais agregaria votos à chapa. Até agora, porém, Bueno tem rechaçado publicamente essa possibilidade, alegando que o seu partido lançará sua filha, a vereadora Renata Bueno, como candidata à prefeitura.

Caso o PPS mantenha essa posição, Ducci terá que escolher entre os demais nomes disponíveis. No PSDB, os mais cotados são o deputado estadual Mauro Moraes, o deputado federal Fernando Francischini, e o presidente do partido em Curitiba e presidente da Sanepar, Fernando Ghignone.

O DEM sonha em indicar o deputado estadual Osmar Bertoldi, e o PSD, quer emplacar o deputado estadual Ney Leprevost. No PMDB, caso vença a ala pró-aliança, o mais cotado é o deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior.

O pré-candidato do PDT e ex-deputado federal Gustavo Fruet já assegurou o apoio do PT e do PV. Para vice, o nome mais forte hoje é o da presidente municipal do PT de Curitiba, ex-vereadora Roseli Isidoro. Correndo por fora está o vereador Pedro Paulo.

O deputado federal Ratinho Júnior (PSC) já tem garantido o apoio do PR e do PC do B. Ratinho sonhava com um vice do PV, mas com a adesão dos “verdes” a Fruet terá que buscar o companheiro de chapa em outra legenda. Devem concorrer ainda pelo menos três candidatos de pequenos partidos: Avanilson Araújo (PSTU), Bruno Meirinho (PSOL) e Carlos Moraes (PRTB).