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CASA DA COHAB CUSTA 24 VEZES MAIS DO QUE CASA DA COHAPAR

Do www.moreira15.can.br

Além da ineficiência, de ser apontada como mais uma caixa preta de Beto Richa e da pecha de imobiliária exploradora dos mutuários, os financiamentos praticados pela Cohab (Companhia de Habitação Popular de Curitiba) comprovam as denúncias da Femoclam (Federação Comunitária das Associações de Moradores) e da UGB (União Geral de Bairros) – duas entidades do movimento popular de Curitiba.

Os imóveis – terrenos, casas, sobrados e apartamentos – financiados pela Cohab custam de 13 a 24 vezes mais do que os similares financiados pela Cohapar. A Companhia de Habitação do Paraná, por exemplo, entrega casas de 40 a 52 metros quadrados (foto) financiadas em 72 meses (seis anos) em parcelas variáveis de R$ 37,00 a R$ 80,00 – custo total de R$ 2.664,00 e R$ 5.760,00 cada imóvel. Confira a íntegra da reportagem clicando no

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Casa da Cohab custa 24 vezes mais do que casa da Cohapar

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Casa da Cohab custa 24 vezes mais do que casa da Cohapar

Além da ineficiência, de ser apontada como mais uma caixa preta de Beto Richa e da pecha de imobiliária exploradora dos mutuários, os financiamentos praticados pela Cohab (Companhia de Habitação Popular de Curitiba) comprovam as denúncias da Femoclam (Federação Comunitária das Associações de Moradores) e da UGB (União Geral de Bairros) – duas entidades do movimento popular de Curitiba.

Os imóveis – terrenos, casas, sobrados e apartamentos – financiados pela Cohab custam de 13 a 24 vezes mais do que os similares financiados pela Cohapar. A Companhia de Habitação do Paraná, por exemplo, entrega casas de 40 a 52 metros quadrados financiadas em 72 meses (seis anos) em parcelas variáveis de R$ 37,00 a R$ 80,00 – custo total de R$ 2.664,00 e R$ 5.760,00 cada imóvel.

Os apartamentos da Cohab são bem mais caros e seus custos são similares aos financiados pelo sistema bancária que objetiva o lucro. Por exemplo, um apartamento de 49 metros quadrados no Campo Comprido, cujo o mutuário já pagou R$ 21 mil – está sendo refinanciado em 240 parcelas (20 anos) de R$ 265,00. Ou seja, o imóvel vai custar – R$ 63,6 mil das parcelas mais R$ 21 mil já pagos pelo mutuário – R$ 84,6 mil.

EM 20 ANOS – São os mesmo preços praticados em financiamentos novos – variam entre R$ 265,00 e R$ 300,00 para serem pagos em 180 (15 anos) e 240 vezes (20 anos). O pior dessa exclusão é que a Cohab exige renda familiar de R$ 1,2 mil a R$ 1,8 mil e as prestações representam 49% e 56% do salário mínimo e 22% e 16% da renda familiar.

Já as prestações das casas da Cohapar representam 7% e 15% do salário mínimo paranaense de R$ 527,00 e um prazo de 72 meses (seis anos). “Vamos instituir esse modelo da Cohapar que é a construção por mutirão, sem intermediários e sem empreiteiras. Também vamos fazer igual ao Governo do Estado e subsidiar a construção de casas populares, tornando a casa própria mais acessível às famílias com renda mensal até três salários mínimos”, disse Carlos Moreira, candidato a prefeito pelo PMDB.

EU JÁ SABIA – O presidente da Femoclam, Nilson Pereira, disse que já sabia que a Cohab superfatura a venda dos imóveis. “A Cohab coloca uma imobiliária na frente. Isto vem acontecendo no loteamento Rio Bonito onde a Cohab comprou uma área de baixo valor e vendeu por quatro vezes mais. A gente realmente está fazendo esta denúncia há tempo”, disse.

Pereira disse ainda que a Cohab, apesar de ser um empresa pública, se tornou imobiliária. “Todas as áreas que é de interesse ela revende para as loteadoras grandes que repassa aos moradores por um preço acima do mercado. Nós temos cinco áreas grandes que os moradores só não foram despejados porque a Femoclam colocou seus advogados a disposição”,

LOTES SUPERFATURADOS – A Femoclam está orientando os moradores a evitar assinar contratos com a Cohab. “Estamos avisando para que ninguém assine mais contrato com a Cohab. Lá no Andorinha, no Jardim Progresso, a Cohab tentou vender um lote de 180 metros quadrados por R$ 20 mil. Quer dizer, os moradores já estão lá há 20 anos em cima da área, a regularização que ela faz é cobrar mais R$ 20 mil. Isto não existe”.

“Esses moradores têm direito a usucapião, a regularização de graça. Se a área já tem uma infra-estrutura porque a Cohab quer cobrar mais R$ 20 mil em 20 anos. O que está acontecendo é roubar o dinheiro da população”.

REGULARIZAÇÃO – A mesma denúncia é de Jairo Graminho de Oliveira, presidente da UGB. Para ele, a prefeitura não regulariza a vida de 80 mil famílias – que tem imóveis em Curitiba – “porque falta vontade política” do prefeito.

“Essa é uma questão de se arrasta há mais de 20 anos. Sem regularizar não para escriturar o imóvel, aumentar, financiar reforma e ampliação. É uma questão de cidadania que a prefeitura ignora”, disse Graminho

Nas vilas Formosa e Maria, a prefeitura pretende realocar 512 famílias em sobradinhos possuem no máximo 43 metros quadrados e não existe área para ampliação. “Lá não tem condições de uma família morar. A família mora, mas tem que morar num lugar digno, tem que ter dignidade para as crianças, porque lá não tem lugar para criança ficar. Elas moram em casa de 80, 100 e 150 metros quadrados e querem realocar para esses sobradinhos”, informou.