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Caito Quintana decide entrar na briga pela vaga de conselheiro do TCE

Por Elizabete Castro, em O Estado do Paraná:

O deputado estadual Caito Quintana (PMDB) decidiu apresentar sua candidatura à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Quintana está reunindo os documentos para formalizar a inscrição até a próxima segunda-feira, 6, quando vence o novo prazo estabelecido pela Mesa Executiva da Assembleia Legislativa.

Líder da bancada do partido, o peemedebista concordou em atender ao pedido do partido após a rejeição da ação judicial do conselheiro afastado Maurício Requião na Justiça estadual.

Maurício contestou a convocação da nova eleição alegando que a Justiça estadual deu sentença favorável à sua volta ao Tribunal de Contas.

A entrada de Quintana na disputa, onde já estão outros vinte e dois candidatos, desagrada à base do governo que vem trabalhando para reunir os 28 votos necessários e eleger o procurador geral do Estado, Ivan Bonilha. já no primeiro turno.

A base do governo tem cerca de 40 deputados, mas alguns votos devem migrar para o deputado Nelson Garcia (PSDB) e ainda para o pedetista Augustinho Zucchi. Garcia se recusou a abrir mão da vaga para não atrapalhar a votação de Bonilha. Se o PMDB e o PT decidirem votar juntos, são dezenove votos que podem levar a disputa para uma segunda votação.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), avaliou que a inscrição de Quintana pode invalidar o processo de escolha já que o peemedebista integra a comissão especial que está analisando as candidaturas já apresentadas.

“Vai criar um problema porque o Caito foi escolhido para a comissão. Para mim, é uma eliminação explícita”, disse Traiano.

O PMDB se contrapõe ao argumento afirmando que, por esse raciocínio, Bonilha também estaria desclassificado já que assinou o decreto de anulação da eleição anterior. “O caso do Ivan é totalmente diferente. Ele é um coadjuvante. O que vale no decreto é a assinatura do governador”, defendeu.

Maurício foi afastado do TC por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que aguarda o julgamento das ações ajuizadas pelo advogado José Rodrigo Sade contra a indicação do ex-secretário de Educação.

Entre as irregularidades apontadas na escolha do conselheiro por Sade está a abertura do processo de seleção e votação antes da aposentadoria oficial do conselheiro que abriria a vaga. Esta também foi a justificativa apresentada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), para anular a eleição.