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Caça ao assassino de prefeito mobiliza polícias

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Caça ao assassino de prefeito mobiliza polícias

Ex-presidiário foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e deverá ser denunciado à Justiça nesta semana

Gilberto Vidal

As Polícias Militar e Civil e o Ministério Público Estadual buscam pistas que levem ao paradeiro do ex-presidiário Tiago Pereira Maciel, 20. Ele é apontado como o autor dos quatro disparos que mataram o prefeito de Itaipulândia, Vendelino Royer, no dia 8 de julho. A exemplo de outros sete suspeitos, Maciel foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e também deverá ser denunciado à Justiça nesta semana.

Forças policiais da Região Oeste mantêm diligências no estado para tentar cumprir o mandado de prisão preventiva contra o pistoleiro. Até o final da manhã de ontem, os investigadores desconheciam o paradeiro do criminoso, considerado de altíssima periculosidade.

Autoridades de segurança pública caçam Maciel em todo o Paraná. A polícia convoca a comunidade para denunciar, de forma anônima, o atirador. Quem tiver pistas sobre o acusado poderá telefonar para o disque-denúncia da Delegacia de Homicídios (0800-6432977), disque-denúncia do GDE (197) ou ao 190 da Polícia Militar.

Emboscada
Segundo a polícia, Maciel saiu da cadeia pública de Cascavel há três meses para cometer mais um bárbaro crime. O suspeito, conforme as investigações, foi contratado para executar Royer. Ele, subsidiado pela quadrilha envolvida na trama, monitorou cada passo do prefeito até escolher o momento ideal para assassiná-lo, após três tentativas frustradas.

Na noite do crime, ele pegou carona de moto com o comparsa Joel da Silva para ir até a Linha Caramuru, na entrada de Itaipulândia, onde o prefeito participava de uma reunião política. Maciel e Silva aguardaram Royer sair do encontro e se dirigir ao carro dele para agir.

A dupla criminosa abordou o prefeito antes de ele entrar no veículo. Conforme as investigações, Maciel atirou várias vezes contra Vendelino Royer. Depois, ele montou na motocicleta, preta, pilotada por Joel da Silva. A dupla deixou o local do crime em alta velocidade e conseguiu escapar da prisão em flagrante. Royer chegou a ser socorrido por amigos, mas faleceu a caminho de um hospital.

O plano
Dez dias de investigação coordenada pela Polícia Civil resultaram na elucidação do homicídio. De acordo com a polícia, Laudair Bruch — o ex-vice e aliado político de Royer — teria encomendado a sua morte por R$ 30 mil. O plano foi executado no dia 8 de julho.

Além de Bruch, o mentor do crime, a polícia prendeu o candidato a vereador Dirceu Luiz Duron e os suspeitos Joel da Silva, Jurandir Monteiro, Luis Jair Morinelli, Marcos Soares dos Santos e Nelson de Moura. O grupo é acusado de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, formação de quadrilha e homicídio triplamente qualificado.
 
Denunciados
Na sexta-feira, o promotor de justiça de São Miguel do Iguaçu Haroldo Nogiri assumiu o inquérito sobre a morte de Vendelino Royer. Os oito acusados, conforme o promotor, foram indiciados e deverão ser denunciados formalmente à Justiça nesta semana.

Nogiri espera receber em pouco tempo o inquérito sobre o prefeito preso Laudair Bruch. A peça do interrogatório está no Tribunal de Justiça, em Curitiba, porque Bruch era prefeito no início das investigações e tinha foro privilegiado.
Mas como Bruch renunciou ao cargo no dia da prisão, ele também deverá ser julgado pela Justiça Estadual e, como os outros sete suspeitos, enfrentar o júri popular. Caso sejam condenados, os réus poderão pegar de 12 a 30 anos de reclusão.

(www.gazeta.inf.br)

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