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Brasil famélico é mais um crime do governo Bolsonaro, diz Zeca Dirceu

Relatório publicado nesta quarta-feira, 12, comprova mais uma vez, segundo o deputado federal Zeca Dirceu (PT), o quão criminoso foi o governo anterior com a população mais pobre no Brasil. Reportagem do jornalista Jamil Chade no UOL aponta que a insegurança alimentar explodiu de 2020 a 2022 e chegou a 70,3 milhões de brasileiros em situação de falta de acesso considerada moderada ou severa no país. Os dados são da FAO, ONU, OMS e Unicef, todos organismos internacionais, que trazem um novo mapa da fome do planeta.

“O desmonte criminoso de todas as políticas de combate à fome, de apoio à agricultura familiar, da merenda escolar, programa de aquisição de alimentos, entre outras ações, levou o país a esta situação cruel, levando brasileiros a disputar um pedaço de osso nos açougues e supermercados”, disse Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara dos Deputados.

Em seis meses, segundo o deputado, o quadro famélico vem se reduzindo com a volta do bolsa família ampliado, mínimo valorizado, aumento dos recursos para a merenda escolar, para o plano safra da agricultura familiar e a recriação do programa de compra de alimentos. “O impacto positivo já é visto, a comida voltou ao prato do brasileiro e os alimentos estão mais baratos nas prateleiras dos mercados”, disse.

Dados da FAO, ONU, OMS e Unicef
Os dados desta quarta-feira mostram ainda os acertos dos governos do PT entre 2002-2016. A insegurança alimentar severa no Brasil passou de 1,9% da população entre 2014 e 2016 para 9,9% de 2020 a 2022. “Isso significou um salto de 4 milhões para 21 milhões de pessoas no período”, escreve o jornalista.

Segundo os organismos internacionais, a taxa de insegurança alimentar moderada ou severa no total da população foi ainda maior: passou de 18,3% para 32,8%. “Se há quase dez anos o Brasil tinha 37 milhões nessa situação, hoje a insegurança alimentar atinge 70,3 milhões de brasileiros”.

“Tiramos o Brasil do mapa da fome e vamos tirar mais uma vez. Será um esforço conjunto de toda a sociedade e que terá o braço forte do governo no apoio com projetos, programas e ações. Não será um programa único, serão ações intersetoriais que vão livrar o país desta chaga. Não podemos concordar, em absoluto, que um país que alimenta o mundo, que tem uma produção de alimentos de ponta, tenha 70 milhões de pessoas que não tenham as três refeições básicas no dia”, disse Zeca Dirceu.

*Desnutrição*
Segundo os dados revelados por Jamil Chade, a desnutrição infantil também aumentou na última década, passando de 6,3% para 7,2% entre 2012 e 2022. Hoje, a fome atinge 1 milhão de crianças. Mais de 48 milhões de brasileiros são incapazes de ter recursos para ter acesso a uma alimentação saudável. Esse número era de 39 milhões de pessoas em 2019.

“A informação contrasta com a narrativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que a fome não existia no Brasil e ainda revela uma contradição entre um país que exporta toneladas de alimentos ao mundo, sem garantir esse direito pleno para sua população”, completa a reportagem do UOL.