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Bolsonarismo ataca estudantes e professores porque eles fortalecem candidatura de Lula

Bolsanarismo ataca estudantes e professores porque eles fortalecem candidatura de Lula
Zeca Dirceu em defesa da educação, estudantes, professores e de Lula.

Para Zeca Dirceu, Lula foi presidente que mais construiu universidades e escolas técnicas e “tem reiterado, deixado claro que no governo dele a educação vai ser a grande prioridade do Brasil”

O deputado federal Zeca Dirceu (PT), reeleito para seu quarto mandato com 123.033 votos, disse nesta segunda-feira, 24, que os cortes no orçamento da educação podem ser revertidas no Congresso Nacional e que os ataques de bolsonaritas aos jovens, estudantes e professores porque eles mostram a força da candidatura de Lula (PT) neste segundo turno. “Bolsonaro escolheu os estudantes, os professores e universidades como inimigos”.

“O orçamento pode ser alterado. Tenho certeza que pela habilidade, pela experiência, pela serenidade do Lula, ele vai conseguir formar uma ampla maioria no Congresso. Nós vamos estar lá na linha de frente. Sou membro titular da Comissão de Educação e vamos fazer as alterações necessárias”, disse nesta entrevista exclusiva.

No segundo turno, Zeca Dirceu espera um comparecimento, por parte dos eleitores do Lula, maior do que foi no primeiro turno. “Além de adesões já evidentes de eleitores do Ciro Gomes e principalmente da Simone Tebet que está em campanha, na televisão, nas propagandas. Isso vai ter ainda uma influência muito grande naqueles indecisos que vão deixar para última hora a decisão do voto”.

Sobre a adesão do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) a Bolsonaro, o petista a classifica de humilhante e vergonda. “Isso mostra total ausência de caráter e da dignidade dele. Ele foi chutado pelo Bolsonaro, escorraçado do governo, jogado para fora e agora volta lá como um vira-lata. Acho que até uma ofensa ao vira-lata dizer que a situação é parecida”, disse.

Zeca Dirceu considera muito cedo ao PT para fazer planos para 2024, mas que oo resultado das eleições do primeiro turno é altamente positiva. “Em 2018, elegemos três federais e quatro estaduais e agora em 2022, são seis federais e sete estaduais. Com certeza, isso fortalece em todos os municípios, o PT, a federação, o PV, o PCdoB para disputa das Câmaras Municipais. Nós vamos aumentar em muito o número de vereadores e também para ocupar o espaço das prefeituras, com prefeitos, prefeitas”, completa.

Os estudantes estão protestando ontra os cortes no orçamento das universidades públicas, participam de atos em defesa da educação, há um desmonte deliberado da área por parte do governo Bolsonaro?
Ao longo dos últimos anos, as manifestações de ruas fazem minimamente o governo insano do Bolsonaro brecar com a destruição da educação e com os cortes sistemáticos no orçamento. As manifestações também ajudam a conscientizar o eleitor que está indeciso, o eleitor que votou nulo, em branco, o eleitor que não foi votar. Com esses atos, o eleitor percebe que a educação está sendo destruída no governo Bolsonaro. Ele escolheu os estudantes, os professores e universidades como inimigos.


Nos últimos dias há uma escalada de ataques contra estudantes, jovens e professores. O bolsonarismo reverbera essa ação de governo contra a educação pública?

Evidente que os estudantes, jovens e professores mostram a força da candidatura do Lula. O Lula quando foi presidente, honrou a educação, foi o presidente que mais construiu universidades, que mais construiu escolas técnicas e o Lula tem reiterado, deixado claro que no governo dele a educação vai ser a grande prioridade do Brasil.

Com orçamento engessado para o próximo ano, quais são as chances de reverter esses cortes?
As chances são grandes, por motivo muito simples. O orçamento pode ser alterado. Tenho certeza que pela habilidade, pela experiência, pela serenidade do Lula, ele vai conseguir formar uma ampla maioria no Congresso. Nós vamos estar lá na linha de frente. Sou membro titular da Comissão de Educação e vamos fazer as alterações necessárias.

E um outro fato que me convence que isso é prático é que a arrecadação está batendo recordes e não é de hoje. Qualquer pessoa que fizer uma pesquisa na internet vê que ao longo dos últimos anos todos os anos por um motivo negativo uma alta carga tributária a arrecadação bateu recorde. Cresceu muito. Então, tem dinheiro. É que o dinheiro está alocado lá no orçamento secreto, na corrupção, na compra de apoio parlamentar, no toma lá dá cá. Nós temos o desafio, a tarefa, a meta de fazer o orçamento público voltar a ter transparência e voltar a ser aplicada em áreas que sejam essenciais para vida das pessoas. E a educação, sem dúvida, é a área que mais transforma a vida das pessoas.

Bolsonaro tem afirmado que o PT é contra as políticas sociais, que a bancada petista votou contra o auxílio Brasil de R$ 600?
Bolsonaro é o pai da mentira. Ele está mentindo e na verdade é fácil provar que está mentindo indo no Google e digitando qualquer site de busca que vai mostrar a proposta de Bolsonaro e Paulo Guedes de um voucher, de R$ 200. Tem vídeos, entrevistas, reuniões onde os dois trataram isso abertamente no início da pandemia. Foi a nossa proposta de R$ 600 e R$ 1 mil que prevaleceu e depois foi acolhida pelo Congresso Nacional. E foi o Congresso que aprovou e obrigou o governo a executá-la. Senão, jamais a população teria tido auxílio. E a outra prova que isso é verdade é que o Bolsonaro reduziu o auxílio para R$ 400 na primeira oportunidade que teve. E nós tivemos que novamente aprovar uma lei tornando R$ 600 e obrigando o governo federal a pagar isso.

É, como o PT está preparado agora para essa reta final do segundo turno?
O PT e as forças de apoio ao Lula estão muito preparados. O Lula ganhou o primeiro turno e teve uma ampla vantagem, de aproximadamente seis milhões de votos. Agora, a militância está mais consciente de que não tem “o já ganhou”, de que a eleição é disputada. A nossa militância está muito consciente que ninguém pode ficar sem ir votar, todo mundo tem que ir votar. A gente vai ter um comparecimento, por parte dos eleitores do Lula, muito maior do que foi no primeiro turno. Além de adesões já evidentes de eleitores do Ciro Gomes e principalmente da Simone Tebet que está em campanha, na televisão, nas propagandas. Isso vai ter ainda uma influência muito grande naqueles indecisos que vão deixar para última hora a decisão do voto.

E como será a relação de governadores que apoiam Bolsonaro, entre eles, o governador Ratinho Junior (PSD), no governo de Lula?
Eu espero que seja boa e vou me dedicar, vou me empenhar para que ela seja a mais harmoniosa possível. O povo do Paraná não pode, obviamente, ser prejudicado por qualquer tipo de diferença partidária, política, ideológica ou de posicionamento na eleição.

Qual a sua opinião do apoio de Sérgio Moro a Bolsonaro?
É vergonhoso e humilhante para o Sérgio Moro. Isso mostra total ausência de caráter e da dignidade dele. Ele foi chutado pelo Bolsonaro, escorraçado do governo, jogado para fora e agora volta lá como um vira-lata. Acho que até uma ofensa ao vira-lata dizer que a situação é parecida. Mas isso prova o ódio dele em relação ao Lula, a parcialidade dele que teve durante o processo de forma ilegal, uma condenação totalmente descabida do Lula. Moro vai sendo desmascarado, o caráter dele vai sendo desnudado. Ele não tem caráter, na verdade. É uma situação humilhante e acaba sendo uma vergonha para o Paraná.

Meses atras, ele estava falando, dando entrevistas durante a campanha, os vídeos estão sendo apresentados, denunciando o que o Bolsonaro fez no desmonte do combate à corrupção. Ele disse isso, que o Bolsonaro não quer combater a corrupção, que o Bolsonaro interfere na Polícia Federal. Então, eu fico imaginando a cabeça do eleitor dele que acreditou nele e agora vê ele lá ao lado do Bolsonaro que durante o período eleitoral, estava criticando.

O PT Paraná dobrou as bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Qual o cenário que o PT espera para 2024 e quais seus planos para as eleições municipais?
Muito cedo para fazer planos para 2024. A avaliação do resultado do PT no Paraná é altamente positiva. Em 2018, elegemos três federais e quatro estaduais e agora em 2022, são seis federais e sete estaduais. São 13 lideranças políticas importantes, doze delas do PT e uma do PV. Com certeza, isso fortalece em todos os municípios, o PT, a federação, o PV, o PCdoB para disputa das Câmaras Municipais. Nós vamos aumentar em muito o número de vereadores e também para ocupar o espaço das prefeituras, com prefeitos, prefeitas, vices, secretários. É uma grande retomada, mais do que dobramos a nossa votação comparando com 2018. No meu caso, tive um aumento de quase 60% dos votos obtidos em 2018. Eu estou muito feliz, otimista, mas com senso de responsabilidade muito aguçado.

Olhos
“O povo do Paraná não pode ser prejudicado por qualquer tipo de diferença partidária, política, ideológica ou de posicionamento na eleição”.

“A arrecadação bateu recorde, cresceu muito. Então, tem dinheiro. É que o dinheiro está alocado lá no orçamento secreto, na corrupção, na compra de apoio parlamentar, no toma lá dá cá”

“Foi o Congresso que aprovou e obrigou o governo a executá-la. Senão, jamais a população teria tido auxílio. E a outra prova que isso é verdade é que o Bolsonaro reduziu o auxílio para R$ 400 na primeira oportunidade que teve. E nós tivemos que novamente aprovar uma lei tornando R$ 600 e obrigando o governo federal a pagar isso”.

Entrevista realizada pelo Portal Paraná.