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Batalha campal

Painel, Folha de S. Paulo

A Lava Jato faz três anos nesta sexta (17) sob nova onda de pressão exercida pelo Congresso. Não dá, porém, sinal de recuo. O procurador Deltan Dallagnol diz que a operação faz aniversário “no auge” e que “os resultados que a sociedade mais espera virão do trabalho do STF”. Ele afirma que a ida das pessoas às ruas resultou em uma “combinação poderosa” e convoca: “Precisamos arrancar a árvore da corrupção, sob risco de termos um Brasil mais corrupto após a Lava Jato”.

Dallagnol diz ainda que, talvez, o maior mérito da Lava Jato foi “ter feito o retrato de uma corrupção que tem raízes profundas e tentáculos que abraçam uma multidão de órgãos públicos”. “Não só a quantidade, mas o poder dos acusados levados a julgamento impressiona.”

O procurador defende que prisões “paralisam os crimes, mas não diminuem os estímulos à corrupção” e pede reformas. “Se não alterarmos os sistemas de Justiça e político, a Lava Jato será, no futuro, a memória de um tempo de esperança, em que acreditávamos que tudo poderia ser diferente.”