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Após 35 dias internadas trigêmeas que nasceram no HMCC recebem alta

Na quinta-feira (20), o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC)  divulgou que as trigêmeas que nasceram durante a pandemia, receberam alta e finalmente puderam ir para casa com os pais em Foz do Iguaçu. Elas permaneceram internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal do hospital desde o parto prematuro no dia 16 de julho, com apenas 32 semanas de gestação e pesando cerca de 1,5 kg cada. Por se tratar de uma gravidez de risco, o nascimento ocorreu dois meses antes do período normal, 
o que requer cuidados especiais, dificultado pelo período da pandemia do Covi-19.

A recuperação completa foi comemorada pela família e pela equipe multidisciplinar da unidade. “Esses dias foram os dias mais intensos e desafiadores de nossas vidas, mas também o mês mais cheio de amor e carinho”, frisou a mãe Laís, que também é farmacêutica do hospital. “Nesse período fortalecemos nossa paciência, perseverança e fé! A felicidade de ir para casa hoje é indescritível”, comemorou.

“O procedimento foi um misto de emoção, felicidade e responsabilidade” disse a médica obstetra Carolina Oderich, responsável pelo parto das meninas. “Participar do acompanhamento da gestação da Laís foi gratificante e desafiador. Um parto trigemelar, sendo que duas das bebês dividiam a mesma placenta, podia ocasionar alguns riscos para todas.” frisou a doutora que lembrou que as trigêmeas nasceram no meio da pandemia, o que dificultou o registro de fotos profissionais. “Mas o parto foi emocionante, ouvir o choro forte das bebês, me deu um orgulho imenso de ter participado deste momento tão especial e planejado pelo papai e pela mamãe”.

Segundo o pediatra das crianças, Dr. Origenes Capellani, a prematuridade é sempre um desafio. “Não só para manter a criança viva, mas para evitar sequelas, como neurológicas e pulmonares, por exemplo”. O médico disse que tratar três prematuras juntas é um desafio ainda maior. “Mas precisamos comemorar a vitória. É sempre empolgante, ainda porque o desenvolvimento delas foi muito melhor que o esperado, já que não precisaram ficar entubadas, responderam bem ao tratamento, não evoluíram para infecção, o que é muito comum para os prematuros”, pontuou Capellani.

“Sonhamos muito com esse momento e hoje nossos corações transbordam de alegria. Quero agradecer a todos que estiveram conosco nesses dias, à toda equipe o nosso muito obrigada”, agradeceram os pais.