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Amunop e Amunorpi defendem “modelo justo’ para pedágio

Os presidentes da Amunop, Amin Hannouche (PSDB), e da Amunorpi Hiroshi Kubo (PSD), – prefeitos de Cornélio Procópo e Carlópolis, respectivamente – pediram aos deputados da frente parlamentar sobre os pedágios que os novos contratos sejam efetivados de forma justa e menos onerosa dos que são praticados atualmente.

Esta foi a grande queixa dos representantes do agronegócio e da sociedade civil organizada do Norte Novo e Pioneiro, que participaram da audiência pública realizada em Cornélio Procópio. As tarifas das praças de Jataizinho (R$ 26,4), Jacarezinho (R$ 24,4) e de Sertaneja (R$22,7),  afirmam os prefeitos, têm impactos profundos na produção agrícola da região e influenciam no desenvolvimento social e econômico dos municípios.

O encontro reuniu deputados e representantes de diferentes setores da sociedade contra a nova modelagem de concessões rodoviárias proposta pelo governo federal. Amin Hannouche destacou que a região foi penalizada durante 24 anos com os preços abusivos praticados na região. “A praça de Jataizinho, por exemplo, onera demais os cofres de quem luta para o desenvolvimento da região. O sofrimento é grande demais. Por isso, gostaríamos que a praça fosse extinta”, disse>

Hiroshi Kubo disse que as tarifas travaram o desenvolvimento do agronegócio regional. “Todos querem o progresso. A região precisa de desenvolvimento, principalmente do agronegócio. O custo do Norte Pioneiro é muito grande. As empresas desistem da região. Como escoar nossa produção? Como receber turistas com um pedágio de R$ 26,4?”, questionou.

Corredor da fome – O pronunciamento mais emocionante da audiência foi do prefeito de Assaí, Michel Bomtempo (PSD). “Vivemos em um corredor da fome. Sabemos o roubo que é o pedágio. Utilizamos 200 metros de rodovia e pagamos o que pagamos. Não temos desenvolvimento, geração de empregos, não conseguimos atrair investimentos. O pedágio tirou nosso direito de ir e vir. Pedimos que retirem esta porteira da nossa região”, afirmou.

Ainda participaram da audiência, deputados estaduais e os empresários João Ataliba Rezende, presidente da Sociedade Rural da região de Cornélio, Cristiano Ribeiro, do Sindicato Rural Patronal de Cornélio Procópio, Luiz Castilho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Fabiano Inoue, presidente da Confederação das Associações Comerciais do Norte do Paraná.Representando a Sociedade Civil, participaram o representante do Ministério Público de Cornélio Procópio, Erinton Dalmasso e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Cornélio Procópio, Henrique Servilha.

Após quatro audiências realizadas, em Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Cornélio Procópio, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) fez uma avaliação dos debates, que para ele têm sido de altíssimo nível. Segundo Romanelli, a sociedade civil se preparou muito para essas audiências.  “Queremos trazer a iniciativa privada para ter ganho de eficiência, senão acaba virando um modelo de negócio. Queremos a iniciativa privada vindo participar, quem oferecer o menor preço leva a concessão, que o contrato tenha cláusulas resolutivas, que tire fora a empresa que não cumpra o que está pactuado”, disse.

(informações da comunicação da Amunop)