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Aeromédico reduz em 25% mortes por acidentes de trânsito

Governadora Cida Borghetti, em Cascavel, no Oeste do Estado, assina convênios com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano/Paraná Cidades, anuncia o programa Paraná Mais Seguro e reconduz Julio Reis ao cargo de secretário de Estado da Segurança Pública. A governadora tembém visitou a equipe do Serviço Aeromédico da Rede Paraná Urgência que já prestou 1500 atendimentos (pacientes transportados) na região. Cascavel, 03/05/2018. Foto: Orlando Kissner/ANPr

O serviço aeromédico do Paraná tem sido essencial para diminuir os índices de mortalidade prematura por doenças cardiovasculares e acidentes graves de trânsito. Desde 2014, quando foi reorganizado, as mortes por infartos e acidentes caíram 25%. Com o serviço ativo, o tempo de resgate em chamados de urgência e emergência, e também de transporte de pacientes de um hospital a outro, é quatro vezes menor que os feitos por terra. “Os atendimentos são muito mais rápidos e isso diminui os riscos de morte e também de sequelas”, disse o diretor do serviço, Vinicius Filipack.

Elisabete de Resende usou o serviço quando a filha de apenas dez meses teve uma parada cardíaca em Ponta Grossa e precisou ser transferida às presas para um hospital com mais condições de atendimento em Curitiba. “Ela saiu do hospital entubada, com poucos batimentos cardíacos, precisava de uma cirurgia urgente. Se fosse por terra não teria dado tempo. Foi um milagre”, lembra a mãe.

Território – Há cinco bases do serviço no Estado: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, a última inaugurada em março deste ano, que juntas cobrem 100% do território paranaense. De janeiro a junho, 1.344 pacientes foram atendidos por uma das seis aeronaves adaptadas como UTI móvel: são cinco helicópteros e um avião. De 2014 para cá, o número de atendimentos passou de 10 mil e nenhum paciente veio a óbito dentro de uma aeronave.

A equipe é formada por 10 médicos e cinco enfermeiros em cada base que atuam em regime de plantão. O serviço atende das 7h às 19h. “A aeronave só pode sobrevoar do nascer ao pôr do sol. Depois que o sol se põe o helicóptero tem que estar em solo por questões de segurança”, explicou Filipack

Cada base opera dentro de um raio de cerca de 250 quilômetros, distância pré-determinada pela central reguladora do Samu. “Mas, caso a aeronave de Cascavel, por exemplo, esteja em atendimento e haja outra ocorrência na região, deslocamos outra para prestar o socorro”, disse a coordenadora do Samu de Ponta Grossa, Adriana Pacholok.

Os protocolos de segurança são rígidos. Nenhum paciente é transportado em estado de saúde instável. Quando há mais de uma vítima no mesmo local, é utilizado o método Start para triagem de múltiplos pacientes e uma vítima é transportada de cada vez, priorizando a gravidade da situação. “Nossa missão é salvar vidas. O Samu trabalha com a estrutura interligada entre helicóptero e ambulâncias, não deixamos de atender ninguém.”, destaca o médico plantonista de Ponta Grossa Dante Mousquer.

Rede – O serviço é eficiente porque tem o suporte de uma rede efetiva de saúde, afirmou Filipack. De acordo com o coordenador-geral, a aeronave só decola quando a vaga no hospital já está garantida e a ambulância se encaminha para o local de pouso. “Isso leva no máximo 12 minutos. O conjunto de recursos é que faz o serviço ser bom” disse. “O Ministério da Saúde já reconheceu o Paraná como referência de serviço eficiente”, destacou.

Além do atendimento aos pacientes, o serviço aeromédico do Paraná faz também no transporte de órgãos para transplantes. A agilidade no tempo de chegada do órgão ao hospital contribuiu para que o Paraná alcançasse o primeiro lugar nacional no número de transplantes.