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Abrabar recomenda fechar bares para evitar dívidas com a bandeira Laranja

Medida extrema, para associados ou não, deve priorizar os salários, vebas rescisórias e normas trabalhistas

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) está recomendando aos empreendedores do setor o fechamento total dos estabelecimentos endividados. A medida extrema é devido a adoção por mais 14 dias da bandeira laranja em Curitiba, estágio que proíbe o funcionamento dos estabelecimentos.

A entidade prega o encerramento das atividades em 2020 e a desobediência fiscal para evitar maior endividamento e caos financeiro nos orçamentos familiares. A recomendação, para membros associados ou não, deve priorizar os salários, as verbas rescisórias e as normas trabalhistas. 

A alteração de bandeira para cor laranja afeta a maioria esmagadora do setor de bares, sem perspectiva para o retorno de casas noturnas, eventos e similares. Da forma como está ocorrendo durante a pandemia Covid-19, a perseguição do poder público é apenas contra uma atividade econômica. 

“Reconhecemos que para muitos já está uma bola de neve de despesas que não serão superadas, muitos já demitiram e estavam aguardando uma nova sinalização para reativação com segurança jurídica de seu negócio”, ressalta o presidente Fábio Aguayo.

Não tem graça
Infelizmente, muitos estabelecimentos não resistiram durante a pandemia e a cada mudança de bandeira, outros decidiram pelo fechamento. A Abrabar lembra que nenhum empresário dono de bar ou casa noturna tem mais caixa para suportar os mando e desmandos da prefeitura, sem absolutamente nenhum suporte financeiro ou anistia fiscal.

Uma das mais recentes “vítimas” da crise econômica é o Curitiba Comedy Club, que acaba de anunciar o fechamento definitivo. “É com a mais absoluta tristeza e dor no coração que anunciamos que o Curitiba Comedy Club está encerrando suas atividades”, diz o comunicado. Durante 10 anos, o bar trabalhou com uma proposta inovadora revelando talentos e tornando Curitiba um celeiro do humor.­

Débitos
As dívidas acumuladas são com aluguel, fornecedores, colaboradores, sem falar que muitos estão com a luz e agua cortada. “Para piorar, as negociações com as companhias estão com juros absurdos e seria uma última alternativa para voltar ao funcionamento para os pagamentos, mas com as atuais condições também fica inviável”, diz Fábio Aguayo.

A orientação da Abrabar, para tomar a medida de fechamento definitivo em 2020, é apenas aos que não tenham algum caixa reserva ou nenhuma linha de credito disponível. Desta forma, poderão retornar com segurança jurídica e política quando a Prefeitura decidir liberar de fato e cessar a perseguição política e da opinião pública.

Amparo jurídico
A Abrabar informa que irá prestar assessoria jurídica para orientações dos procedimentos legais. “Infelizmente são medidas que ainda tentam preservar e evitar um maior desemprego dos 50 mil cidadãos que dependem direta e indiretamente do nosso setor de gastronomia e entretenimento”, afirma o presidente.

“Esperamos que a prefeitura assuma sua responsabilidade de fato e de direito e pare de nos enquadrar como os vilões da história e não nos coloquem maliciosamente contra a opinião pública”, dispara Aguayo. O presidente lembra que os ambientes públicos ou de a responsabilidade dos órgãos da prefeitura de Curitiba continuam aglomerados e lotados, como exemplo, praças, parques, feiras e os ônibus, conclui.