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Eleições 2016: A dança das cadeiras na Câmara de Curitiba

Fernando Tupan

A janela de transferência termina no dia 18 de março. Por enquanto nenhum vereador anunciou oficialmente que irá trocar de partido. Mas nos bastidores, a boataria é grande. O PT, que nas últimas décadas teve uma bancada de até 6 vereadores, deverá ser um partido nanico a partir da segunda quinzena do mês. O PSDB, que hoje tem 4 cadeiras, pode perder duas. O PDT ao contrário, deverá engordar a bancada para receber integrantes da base aliada que estão deixando os partidos que se elegeram. O PSC poderá perder os 6 parlamentares.

A dança das cadeiras afetará principalmente os socialistas cristãos. Os 6 vereadores estão de malas prontas depois que Ratinho Junior começou o namoro com o PSD. Carla Pimentel pode seguir para o PTB. Rogério Campos para o PDT, já que Pier Petruzziello e Geovane Fernandes não o querem no PTB. O futuro de Aílton Araújo está indefinido por problemas na Igreja Quadrangular, o que pode afetar a reeleição dele, mas ele poderá ir para o PDT. Bruno Pessuti deve ir para o PSD, legenda que namorou antes de Junior cogitar a transferência. Mestre Pop tende a ter o mesmo destino. Já Tiago Gevert quer ir para o partido de Junior. Mas poderá permanecer no PSC. Se ficar, será por questões estratégicas, pensando na eleição de outubro e de 2018.

O PT da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula tornar-se-á um nanico e perderá até mesmo o cargo de liderança. A tendência é de ficar apenas a vereadora Professora Josete, da Democracia Socialista (DS), ligada ao ex-deputado Dr. Rosinha. Pedro Paulo e Jonny Stica estão de malas prontas para deixar o partido. A tendência é de que Paulo e Stica sigam para o PDT, já que o líder do prefeito Gustavo Fruet, Paulo Salamuni, fechou a porta para a dupla no PV. Eles seriam ameaças para a reeleição de Salamuni.

O verde já fechou a legenda para outros nomes, como Dirceu Moreira (PSL), Serginho do Posto (PSDB), Felipe Braga Côrtes (PSDB) e Cacá Pereira (PRTB). Serginho e Braga não entraram no PV porque são bons de votos. Braga tentou o PDT, mas Tito Zeglin atuou pela inviabilização da filiação. Serginho admite a permanência no ninho tucano, mas os comentários de que ele pode deixar o PSDB não pararam.

O PSDB pode filiar pelo menos mais um parlamentar: Aldemir Manfron. Ontem ele se reuniu com a Executiva Municipal do PP na tentativa de permanecer no partido. Mas os membros querem limpar a legenda, para terem apenas candidatos que possam apoiar a pré-candidata Maria Victoria, filha do deputado federal Ricardo Barros e da vice-governadora Cida Borghetti. Hoje Manfron deve tomar a decisão.

No ano passado 2 vereadores mudaram de partido: Toninho da Farmácia, que deixou o PP para se transferir para o PDT, e Jorge Bernardi que trocou o PDT pela Rede, de Marina Silva, com a finalidade de disputar a prefeitura.

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