O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou até o momento quatro votos pela manutenção da prisão do ex-presidente Fernando Collor, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Os votos favoráveis são de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. No entanto, o ministro Gilmar Mendes pediu destaque, levando o julgamento para o plenário físico. Enquanto isso, os demais ministros ainda podem votar no plenário virtual até as 23h59 desta sexta-feira (25), mas a decisão final só será tomada presencialmente. Collor permanecerá preso até lá.
Condenação e prisão decorrem de caso da Lava Jato
Collor foi preso na madrugada desta sexta em Maceió (AL), após Moraes rejeitar seus últimos recursos, considerados protelatórios. Ele foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um caso ligado à Lava Jato. A denúncia da PGR apontava que Collor recebeu R$ 20 milhões em propinas por intermediar contratos da BR Distribuidora. Durante as investigações, a Polícia Federal apreendeu carros de luxo e bens suspeitos de serem adquiridos com dinheiro desviado.
Defesa de Collor contesta decisão e STF analisa repercussão política
A defesa de Collor afirmou em nota que recebeu a decisão de Moraes com “surpresa” e “preocupação”, alegando que o recurso rejeitado tinha legitimidade. Enquanto o STF define o futuro do ex-presidente, ministros avaliam que a prisão pode servir de recado para outros casos, como os envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O plenário físico ainda decidirá se mantém a prisão ou concede liberdade a Collor.
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