Em artigo, o professor e jornalista político Valdir Cruz saiu em defesa do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), após a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral que pede a cassação do mandato e sua inelegibilidade por oito anos. A denúncia foi apresentada com base em uma gravação de um servidor comissionado convocando colegas para participar de um evento da campanha.
Cruz classificou o material como “prova frágil e insustentável” e disse que o Ministério Público estaria agindo para “mostrar serviço”, num movimento que pode minar a confiança nas instituições democráticas. “O MPE parece querer mídia, mas presta um desserviço aos curitibanos. O resultado desse comportamento está descrito acima, no caso Aécio Neves”, escreveu o professor, em alusão à crise institucional que se iniciou em 2014.
O artigo também critica a atuação da ex-candidata Cristina Graeml (Podemos), que questiona judicialmente a vitória de Pimentel. Cruz lembra que Cristina perdeu por méritos próprios: “falou besteira nos debates, não tinha um projeto claro e anunciou antes da hora uma secretária negacionista”.

Já Eduardo Pimentel, diz o professor, “venceu porque a população quis que assim fosse”. “Apresentou-se como um candidato equilibrado, defensor firme dos valores democráticos, com plano de governo claro e identificado com as demandas da cidade”.
Em nota, o prefeito Eduardo Pimentel fiz que respeita o parecer do Ministério Público Eleitoral MPE, mas ressalta “que se trata da opinião da promotoria e aguardo a decisão judicial, com a certeza que o caso será arquivado, já que não há nenhum fato que demonstre que a campanha tinha conhecimento ou deu anuência para qualquer ato irregular”.
Confira a íntegra abaixo do professor Valdir Cruz.
O MPE e a inocência de Eduardo Pimentel
(*) por Valdir Cruz
Escondidas e envergonhadas, as forças reacionárias no Brasil viviam nas sombras desde o fim da ditadura militar, em 1985. Em 2014, elas saíram dos porões e foram para as ruas defender uma queixa de Aécio Neves de que Dilma Rousseff foi reeleita de maneira fraudulenta.
Essa reação do Aécio, atípica na democracia brasileira, trouxe dos bueiros o famigerado MBL, os ignorantes evangélicos neopentecostais e os selvagens dos lavajatistas e bolsonaristas. Deu no que deu.
Agora, Cristina Graeml questiona a vitória de Eduardo Pimentel nas eleições municipais de 2024. Suas queixas são capengas. Pior ainda é o pedido do Ministério Público Eleitoral. Com base em “provas” frágeis e insustentáveis, pede a cessação do prefeito e já estipula a pena: 8 anos de inelegibilidade.
Estende a mesma punição para o ex-prefeito Rafael Greca. De concreto, a gravação de um funcionário de baixo clero pedindo para os servidores comissionados para participarem de um evento da campanha de Eduardo.
Denúncia marota. Até o boy do MP sabe que os servidores comissionados fazem de tudo na campanha do candidato oficial para poder permanecer nos cargos. Isso acontece, há muitos anos, em qualquer eleição e até com candidatos aos poderes Legislativos.
O MP parece querer mídia, mostrar serviço à sociedade, mas, em verdade, presta um desserviço aos curitibanos. O resultado desse comportamento está descrito acima, no caso Aécio Neves.
A Cristina Graeml, minha colega de profissão e palestrante em minhas aulas, perde a razão ao dar sequência em algo que joga a população de menos saber contra as instituições democráticas.
Cristina perdeu a eleição por ter falado besteira nos debates, por não ter um projeto claro de governo e, pior, por anunciar antes da hora uma secretária da Saúde baiana, negacionista da covid e da ciência.
Eduardo Pimentel, ao contrário, mostrou-se mais identificado com a cidade, seus problemas e as demandas dos moradores. Tinha um plano de governo claro.
Além de tudo, apresentou-se como um candidato equilibrado, gentil e defensor firme dos valores democráticos. Venceu porque a população quis que assim fosse. E assim vai ser.
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