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Ninguém sabe dizer sobre R$ 2 milhões gastos por Dilma na campanha de 2010

Jogo de empurra
O auditor fiscal Rodrigo Lacombe, que apreciou no Tribunal Superior Eleitoral as contas da campanha de Dilma Rousseff em 2010, afirmou ter apontado, à época, falta de documentos para comprovar R$ 2 milhões em gastos com passagens aéreas. Em depoimento no ano passado, Lacombe acusou a secretária de controle interno do TSE, Mary Ellen Gomide, de ter ordenado a supressão desse trecho do parecer. Segundo ele, Mary atribuiu a decisão ao ministro Ricardo Lewandowski.

Eu, não Ouvida por uma comissão de sindicância interna, em novembro de 2012, a ex-secretária do TSE negou ter pedido que Rodrigo Lacombe fizesse qualquer alteração no relatório. Também negou que Lewandowski tenha pedido mudanças.

Bula Em 2010, em resposta a e-mail da ex-diretora do TSE Patrícia Landi sobre problemas detectados na prestação, o ministro disse que, se o erros fossem de natureza “formal”, as contas deveriam ser aprovadas com ressalvas, o que de fato ocorreu.

Como faz? Lewandowski ponderou que o plenário do TSE dificilmente iria contra parecer do órgão de exame de contas. “E, então, vamos estar com um problemão”, escreveu. “Não estamos lidando com as contas de um boteco de esquina, mas de um comitê de uma presidente com mais de 50 milhões de votos”, disse, no e-mail.

Ressalva Por fim, na resposta à ex-diretora, o então presidente do TSE diz: “Se as contas apresentarem problemas sérios, como doações de fontes ilegais ou de lavagem de dinheiro, devemos agir com o máximo rigor possível”. Lewandowski não foi encontrado ontem pela coluna para comentar o caso.

da coluna Painel, na Folha de S.Paulo