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MP-PR oferece denúncia contra suspeitos de assassinato de jornalista no Oeste do Paraná

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), através da Procuradoria Geral de Justiça, ofereceu denúncia contra suspeitos de assassinato do jornalista Leonir Francisco Couto, proprietário do jornal A Voz da Fronteira. O caso ocorreu em 2005, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

No dia 5 de setembro, o desembargador José Carlos Dalacqua (relator) emitiu uma emenda a denúncia, instruindo para correção de informações no caso, a fim de evitar alegação de nulidade por falta de qualificação dos acusados. Trata-se apenas de retificação da denúncia já formalizada.

Entre os denunciados está o prefeito de Santa Terezinha de Itaipu, Cláudio Dirceu Eberhard, Valdenir da Silva Mota (Bicudo), Ademir Valvassori e Sergio Aparecido Ribeiro, o Serginho. Os dois primeiros ocupavam cargos na gestão de Eberhard na época do crime.

Todos foram acusados por suposto homicídio doloso contra Tigrinho, como era conhecido o empresário do veículo de comunicação.

Na condição de prefeito, Eberhard tem foro privilegiado, o que lhe concede a prerrogativa de ser julgado pelo Tribunal de Justiça. Caso a tramitação do processo se prolongue além de seu mandato, deverá voltar à justiça comum.

Mistério
Após oito anos, a morte de Tigrinho continua sendo um mistério. A vítima foi alvejada por cinco tiros, no portão da sua residência, em Cascavel. Os autores estavam no interior de um kadet branco, com placas de Santa Terezinha de Itaipu.

O veículo foi localizado três dias após o assassinato, no interior de uma oficina em Santa Terezinha.Segundo a denúncia, o proprietário e o motorista do veículo foram identificados como ocupantes de cargos de confiança na prefeitura.

De acordo com o Ministério Público, os demais ocupantes do veículo e supostos autores dos disparos, também eram moradores de Santa Terezinha. Conforme se lê nos autos, daqueles que foram indiciados pelo Gaeco, apenas o proprietário do veículo não foi denunciado pelo Ministério Público.

O inquérito se arrasta há anos em diligências entre delegacias e fóruns das comarcas de Foz do Iguaçu e Cascavel, além de cartas precatórias para a oitiva de “Bicudo”, um dos acusados pela promotoria do assassinato.