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Divulgadas fotos de um dos suspeitos do ataque à base da Marinha nos EUA

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da EFE e Agência O Globo

O FBI divulgou nesta segunda-feira (16) um cartaz com fotos de um dos suspeitos pelo ataque à base da Marinha em Washington, nos Estados Unidos. Aaron Alexis, 34 anos, serviu em tempo integral na reserva da Marinha dos Estados Unidos de maio de 2007 a janeiro de 2011.

Ainda não está claro se Alexis trabalhava em uma capacidade civil na base naval no momento do incidente. Mais cedo, o prefeito da cidade, Vincent Gray, confirmou que o número de mortos subiu para 13, incluindo um dos autores do ataque.

A suspeita é de que Alexis possa ter atuado com a ajuda de um segundo suspeito, um homem negro de cerca de 40 anos, com costeletas e vestido com um uniforme de estilo militar verde oliva, que fugiu do lugar e ainda não foi encontrado.

O prefeito declarou que até o momento, com as informações disponíveis, “não há nenhuma razão” para acreditar que o tiroteio, do qual podem ter participado até três atiradores, foi um ataque terrorista.

A chefe da Polícia metropolitana, Cathy Lanier, explicou que outros dois homens armados e com trajes militares estão sendo procurados como “potenciais” cúmplices. “Temos várias informações que sugerem que pelo menos dois indivíduos foram vistos com armas de fogo”, disse Lanier.

Os motivos que levaram a este tiroteio, que começou por volta das 8h20 (9h20 de Brasília), ainda não estão claros para os investigadores.

A investigação é liderada agora pela polícia federal americana (FBI), que já disponibilizou agentes no Navy Yard, um complexo da Marinha às margens do rio Anacostia no qual trabalham cerca de 3.000 pessoas.

Lanier elogiou a rápida e “heroica” resposta da polícia de Washington. Um dos feridos é justamente um policial municipal da capital americana.

A região onde fica o complexo de Navy Yard, no extremo leste de Washington, está isolada e sob forte presença de agentes.

A segurança foi reforçada em edifícios militares como o do Pentágono, a vários quilômetros de distância, e onde o aumento do nível de alerta só foi tomado como “medida de precaução”, já que a situação ainda não está controlada.

Repercussão

Washington é considerada por analistas como uma das cidades mais seguras dos EUA. Especialistas questionam como os atiradores conseguiram entrar na base da Marinha e realizar o ataque, já que todos os carros que circulam pelo complexo têm que ser autorizados. Há suspeitas de que um dos atiradores seja membro das Forças Armadas.

Fontes do “Washington Post” afirmam que um homem fez uma barricada dentro de uma sala e ficou entrincheirado dentro do prédio da Sede do Comando de Sistemas Marítimos. Há relatos de que ele seja careca, negro e com altura de cerca de 1,80 m.

Autoridades fecharam vias e uma entrada do metrô nos arredores do local, ordenando que membros da Marinha permaneçam onde estão e em alerta até que o atirador seja capturado. Alguns funcionários foram resgatados por helicópteros em cestas no topo de prédios do complexo. Uma equipe da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos – que investigou o atentado contra a Maratona de Boston – foi enviada à área.

O funcionamento do Aeroporto Ronald Reagan foi interrompido por algumas horas, mas depois retomado. A segurança do Capitólio, da Casa Branca e outras sedes de governo foi reforçada. Dez escolas próximas ao local selaram suas portas para manter os alunos em segurança.

Uma testemunha contou que escutou tiros e depois o alarme de incêndio foi acionado. “Nós não vamos voltar para a base hoje. Mas ainda há pessoas lá dentro”, afirma.

Uma outra funcionária, identificada como Terry Durham, contou à mídia local que, antes de conseguir deixar seu escritório, avistou um homem negro com um rifle. Ele atirou contra ela e seus companheiros de trabalho, mas só acertou a parede. “Ele é alto e aparentemente é negro”, disse.