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Depois de intimidar testemunhas, Gaievski é transferido e fica isolado em Piraquara

Depois de intimidar testemunhas, Gaievski é transferido e fica isolado em Piraquara

O ex-assessor da Casa Civil, Eduardo Gaievski, acusado de estupro de vulneráveis pelo menos 23 vezes tem novo endereço. Ele foi transferido do Centro de Triagem aqui de Curitiba e agora usa um uniforme de cor laranja no Centro de Triagem de Piraquara e ficará incomunicável por um mês. Nem mesmo o advogado ou a família poderão falar com ele que já teve a cabeça raspada e agora tem um tratamento muito mais duro do que o dado até agora.

A transferência aconteceu porque ele agora é suspeito de intimidar as testemunhas para mudar os depoimentos no processo em que ele é acusado de estupro, crimes que aconteceram segundo a denúncia, na época em que Gaievski foi prefeito de Realeza entre 2005 e 2012.

Algumas meninas contaram que ele oferecia dinheiro e cargos em troca de sexo. As vítimas, em geral, são menores de idade, algumas com 12 anos na época dos crimes. A operação para intimidar vítimas foi descoberta por causa de uma troca de emails de Gaievski para o advogado dele. Os emails foram acessados pela revista Veja e o caso estourou no fim de semana.

Nos e-mails o ex-assessor da Casa Civil orienta o advogado a convencer as testemunhas a mudarem os depoimentos. Em um dos casos, Gaievski pede para que a testemunha “lembre que quem paga a faculdade é a prefeitura”. Em outro texto diz para uma das supostas aliciadoras procurar uma das meninas e pressioná-la também a retirar o depoimento.

Tem mais. O avô de uma das meninas procurou o Ministério Público e disse que foi ameaçado a deixar um terreno da prefeitura caso as declarações de sua neta não fossem retiradas do processo. Ele morava com sua esposa e dois filhos no viveiro municipal, em Realeza e não conseguiu convencer a neta a retirar a denúncia contra o ex-prefeito. Um dia depois o homem foi notificado pela da prefeitura de Realeza para desocupar o imóvel.

Com as informações em mãos a polícia revirou a cela de Gaieviski, porém não encontrou o telefone celular usado para mandar os emails. Um iphone (em cada texto há a mensagem automática: enviado via iphone) . Ele negou que estivesse usando celular de dentro da cadeia e disse que na verdade era a esposa dele que mandava e-mails para o advogado pela conta dele como se fosse o próprio Gaievski. Agora Gaievski está absolutamente isolado por pelo menos um mês.